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Mais empregos e mais formalização

Vista das lojas no recém-inaugurado shopping Pátio Batel: varejo situou-se entre os grandes criadores de vagas do mês | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Vista das lojas no recém-inaugurado shopping Pátio Batel: varejo situou-se entre os grandes criadores de vagas do mês (Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo)

O mês de outubro foi bom para o mercado de trabalho brasileiro, que conseguiu manter o dinamismo mesmo com as incertezas da economia. O suficiente, ao menos, para fazer a taxa de desemprego recuar – de 5,4% em setembro para 5,2% – e o mercado formal gerar 0,23% mais vagas com carteira assinada, em um total de 94.893 postos de trabalho. Os números, divulgados ontem, são da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE e do balanço mensal do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Para os analistas, os resultados de outubro podem ser explicados pela falta de perspectiva do empresariado não só para o fim deste ano como também para 2014 – ano de eleições –, como também pelos altos custos para demitir. "Como as populações ocupadas e economicamente ativas estão em níveis muito próximos há alguns meses, isso pode ser um prenúncio de que a taxa de desemprego já atingiu os níveis mais baixos e que de agora em diante poderá subir ligeiramente", avalia a economista-chefe da consultoria Rosenberg, Thaís Zara.

Para ela, como há uma tendência de o nível de atividade apresentar o mesmo nível em 2013 e em 2014, pois ela estima que o Produto Interno Bruto (PIB) subirá 2,5% em ambos os anos, o cenário para o mercado de trabalho ainda é favorável num horizonte pouco superior a 12 meses. Em função disso, Thaís estima que a taxa média de desemprego deve alcançar 5,4% neste ano e subirá um pouco no próximo, para 5,6%.

Desocupação

Na comparação anual, o avanço da taxa de desemprego não foi muito expressivo. Em outubro de 2012 ela era de 5,3% da população economicamente ativa do país. Já em termos de rendimento houve alta. O ganho médio do trabalhador brasileiro registrou variação positiva de 1,8% sobre o mês do ano passado.

Na Região Metropolitana de Curitiba, pesquisada nos mesmos moldes do IBGE pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), a taxa de desocupação registrada foi de 3,3%, taxa idêntica à do mês de setembro, e inferior à de outubro do ano passado, quando alcançou 3,7%. Entre as sete capitais pesquisadas pelos dois institutos, a RMC é a segunda com o menor desemprego, tendo à frente apenas Porto Alegre (3%).

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