Um protesto de proprietários rurais iniciado às 4h interrompeu as obras no Porto do Açu, de propriedade da companhia LLX, do empresário Eike Batista, nesta segunda-feira (25). De acordo com informações da Polícia Militar, cerca de cem manifestantes incendiaram pneus e conseguiram bloquear o principal acesso ao porto, em um prolongamento da estrada RJ-240. Bombeiros foram chamados ao local.
De acordo com a LLX, os trabalhadores que assumiriam o turno do dia foram dispensados por questões de segurança e as obras, paralisadas.
Os agricultores protestam contra as desapropriações de terra que serão feitas na região para a implantação de um corredor logístico que vai atender ao porto.
A LLX informou, por meio de nota, que "a desapropriação é responsabilidade do Governo do Estado, através da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (CODIN). Por questão de segurança, os funcionários não estão no empreendimento. Apesar disso, não haverá prejuízos, pois as obras do Superporto do Açu estão adiantadas". Segundo a empresa, o governo do estado já vem negociando com esses produtores rurais, e a LLX já mantém um canal de diálogo com a população de São João da Barra.
No final de março, os trabalhadores do consórcio ARG Civil Port, que atua nas obras do empresário Eike Batista no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), entraram em greve. Eles bloquearam a via de acesso ao porto - inclusive com queima de pneus -, reivindicando melhoria salarial, adicional de 30% de periculosidade, participação nos lucros e resultados, seguro de vida e adaptações no alojamento. A paralisação durou três dias.
Complexo
O complexo em construção é considerado um dos maiores empreendimentos de Eike e inclui a construção de um terminal portuário, com previsão para entrar em atividade em 2012, além de estaleiro, usina térmica a gás natural, entre outras instalações, numa área total de 9 mil hectares. O investimento total é de R$ 3,4 bilhões, sendo que R$ 1 bilhão só no terminal portuário dedicado ao minério de ferro.
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