Agência do Palácio Avenida é uma das que abririam mais tarde nesta sexta.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

A CUT e outras cinco centrais sindicais (CTB, CSP-Conlutas, Intersindical, UGT e Nova Central) realizam nesta sexta-feira (15) uma série de protestos contra a terceirização e as medidas provisórias (MPs) 664 e 665, que endurecem as regras para a concessão do seguro-desemprego, abono salarial, pensões por morte e auxílio-doença, do ajuste fiscal proposto pelo governo federal. Também participam das mobilizações do chamado Dia de Paralisação Nacional o Movimento dos Sem Terra (MST) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), entre outros movimentos sociais.

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No início da manhã, ao menos oito estados (Paraná, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo) já registram mobilizações. Segundo a CUT, até o final do dia, os protestos devem atingir mais dez estados.

Em Curitiba Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) fazem um bloqueio no Contorno Sul, em Curitiba. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Paraná, as duas pistas da BR-376, na região do quilômetro 588, foram bloqueadas pelos manifestantes. O local fica próximo à fábrica da Volvo. O congestionamento chegou a afetar a região do viaduto da BR-277, na saída de Curitiba para Ponta Grossa.

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Bancos abrem mais tarde

Como parte do protesto nacional, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região vai retardar em uma hora a abertura de 10 agências e dois centros administrativos no centro da capital nesta sexta-feira (29). De acordo com o sindicato, a mobilização dos bancários ocorre no Palácio Avenida, sede administrativa do HSBC, e no Banco do Brasil da Praça Tiradentes. As demais agências que vão abrir apenas às 11 horas estão concentradas na Rua Marechal Deodoro. Agências bancárias de outras regiões e dos bairros abrem em horário normal.

Em seguida, os bancários seguem para a Praça 19 de Dezembro , onde se juntam a outras categorias trabalhistas. Uma mobilização das centrais sindicais na capital está marcada para as 11 horas no Centro de Curitiba. Os manifestantes vão sair da Praça 19 de Dezembro e vão caminhar até o Palácio Iguaçu, sede do governo do Paraná, junto com professores estaduais em greve.

Outros estados

Em São Paulo, por volta das 7h45, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrava quatro pontos de interdição pelos manifestantes. Cidades da Grande São Paulo, como Guarulhos, Mauá e Diadema, amanhaceram com as linhas municipais paradas. Apenas cooperativas circulavam. O movimento também afetou linhas intermunicipais do Consórcio Internorte da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU). Coletivos de outros consórcios operavam normalmente, além de micro-ônibus da Reserva Técnica Operacional (RTO) da EMTU. As manifestações também atingem a Baixada Santista.

As mobilizações também envolverão metalúrgicos do ABC paulista, que atrasarão os turnos nas fábricas e realizarão uma caminhada pelas ruas do centro de São Bernardo do Campo. Em cidades da Grande São Paulo, motoristas e cobradores de ônibus vão parar os coletivos desde as primeiras horas da manhã. Já no interior do estado, o MST deve fazer bloqueio em rodovias e ocupação em propriedades.

No Rio, está previsto um grande ato na região da Candelária. A concentração começa às 15h. Três horas mais tarde, diversas categorias e movimentos sociais devem encorpar a manifestação, convocada pela CUT. Já na Bahia, petroleiros, trabalhadores da construção civil e outras categorias cujos sindicatos são ligados à CUT devem cruzar os braços desde as 5h. As mobilizações ainda devem acontecer no Amapá, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins.

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