Manifestantes ligados ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) invadiram a sede da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, nesta quinta-feira (23) em protesto, segundo eles, contra a fome, o desemprego e a inflação.
O movimento disse que o ato de hoje é o início de uma campanha que irá realizar ações nos próximos meses em todo o país. De acordo com os invasores, o local foi escolhido por ser símbolo da especulação e da desigualdade social. O ato na B3 durou cerca de duas horas, segundo o portal G1.
"Ocupamos a bolsa de valores de São Paulo, maior símbolo da especulação e da desigualdade social. Enquanto as empresas lucram, o povo passa fome e o trabalho é cada vez mais precário. Quem segura o Bolsonaro lá são os donos do Mercado", publicou o movimento em suas redes sociais.
Em nota, a assessoria da B3 informou que a manifestação não afeta as operações, pois as negociações são feitas eletronicamente. "O protesto que ocorre neste momento nas dependências da B3, no centro de SP, não afeta as operações de mercado e se mantém uma manifestação pacífica", disse a B3.
Os integrantes do MTST afirmam que, em meio à crise, os bancos registraram recorde de lucros e 42 novos bilionários surgiram no país. "O lucro de uns não pode ser a fome de outros. Parabéns ao MTST pela ação na Bolsa de Valores!", disse Guilherme Boulos (Psol) no Twitter.
"Os lucros recordes dos bancos, o aumento de grandes fortunas e o surgimento de 42 novos bilionários no mesmo país onde a insegurança alimentar atinge mais de 116 milhões de pessoas e a fome já é uma realidade para mais de 19 milhões precisa acabar. O povo está cansado de passar fome enquanto uma meia dúzia enriquece às nossas custas", afirmou o movimento nas redes sociais.
MTST já realizou outras invasões como forma de protesto
O MTST já realizou outras invasões como forma de chamar atenção para as pautas que defende. Em 2014, quando Boulos atuava como um dos líderes do movimento, os integrantes ocuparam um terreno em Itaquera próximo ao estádio que sediou a abertura da Copa do Mundo. A ocupação ficou conhecida como copa do Povo.
Na época, os representantes foram recebidos pela então presidente, Dilma Rousseff (PT), para discutir o acesso ao Minha Casa, Minha Vida e questionar os recursos recebidos pelas empreiteiras para construir moradias populares pelo programa.
Quatro anos depois, os integrantes do MTST invadiram o tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo, atribuído ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No dia 16 de abril de 2018, cerca de 30 pessoas do movimento e da Frente Povo Sem Medo ocuparam por três horas o imóvel.
"MTST e a Povo Sem Medo acabam de ocupar o triplex do Guarujá, atribuído a Lula por Moro. Se é do Lula, o povo poderá ficar. Se não é, por que então ele está preso?", disse Boulos nas redes sociais durante a ocupação.
Número de obras paradas cresce 38% no governo Lula e 8 mil não têm previsão de conclusão
Fundador de página de checagem tem cargo no governo Lula e financiamento de Soros
Ministros revelam ignorância tecnológica em sessões do STF
Candidato de Zema em 2026, vice-governador de MG aceita enfrentar temas impopulares
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast