Cerca de 200 pessoas cadastradas para morar no condomínio Aveiro, empreendimento do programa Minha Casa, Minha Vida, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, se dirigiram, na manhã desta sexta-feira (9), à porta da unidade habitacional para protestar contra a demora da transferência das famílias para os novos apartamentos.
Elas são oriundas de uma invasão na Avenida Brasil e foram transferidas em abril de 2010 para alojamentos próximos ao condomínio, na entrada da Estrada da Vale Sul. O grupo reclama que 469 famílias - sendo 280 crianças - estão vivendo há um ano e oito meses em condições precárias de saneamento básico e denuncia que muitos deles já apresentam problemas de saúde.
Ainda de acordo com os moradores, a transferência para os novos apartamentos deveria ter sido feita no mês de abril. Os manifestantes ameaçam ainda ficar acampados na porta do empreendimento até que um representante da prefeitura defina a data da mudança.
De acordo com informações da Secretaria Municipal de Habitação, os manifestantes faziam parte da comunidade Terra do Sol, e as famílias serão transferida para o condomínio Aveiro na primeira quinzena de janeiro. A mudança não foi feita ainda porque houve um atraso de seis meses nas obras.
A secretaria informa ainda que o processo está em fase de finalização das documentações para entrega do habite-se. O órgão esclarece também que serão transferidas para o empreendimento um total de 388 famílias cadastradas na época da retirada dos invasores da comunidade erguida nas margens da Avenida Brasil. Outras famílias poderão até ser incluídas no programa Minha Casa, Minha Vida no futuro, mas, em janeiro, serão atendidas apenas as famílias já cadastradas.
