O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira que o Brasil precisou adotar uma política monetária mais forte nos últimos anos para baixar a inflação, que chegava a 12,5% em 2002, e admitiu que esta decisão provocou uma redução do crescimento da economia no período.
- Foi como se tivéssemos feito uma espécie de poupança - afirmou, prevendo que a partir de 2007 a economia entrará num ciclo "vigoroso" de crescimento, acima de 5%.
Nessa quinta-feira, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, negou que a instituição tenha "exagerado na dose" ao definir sua política monetária.
Mantega, que participa de um café da manhã promovido pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) na sede da Firjan, no Rio de Janeiro, ressaltou que a ata do Copom sobre a última reunião do comitê, divulgada nessa quinta-feira, abre espaço para uma visão otimista em relação à taxa de juros ainda neste ano. O ministro da Fazenda disse que será possível alcançar um déficit nominal zero nos próximos anos, mas afirmou ser contra "políticas de choque".
- Se continuarmos nessa trajetória de superávit primário de 4,25% do PIB nos próximos anos, crescendo cerca de 5% ao ano, o que é factível, e com redução da taxa de juros, teremos o déficit nominal zero nos próximos anos - disse.
O ministro admitiu, no entanto, que será preciso reduzir os gastos correntes e propôs a adoção de um redutor de 0,1% a 0,2% do PIB a cada ano. A proposta consta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviada ao Congresso.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Governo Lula impulsiona lobby pró-aborto longe dos holofotes
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião