São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta segunda-feira (22) que o crédito para a pessoa física no Brasil continua alto, mesmo o cobrado pelos bancos públicos. "Nós[bancos públicos] ainda estamos cometendo muitos exageros no crédito para pessoa física. E os bancos privados estão duas vezes exagerados", afirmou.
O ministro defendeu a necessidade das instituições financeiras reduzirem os juros para "estimular o consumo e dar mais consistência à economia".
Mantega voltou a destacar a ação dos bancos públicos como instrumentos de controle governamental na economia para combater os efeitos e as causas da crise financeira. "Os bancos públicos podem ser poderosos instrumentos de política anticíclica", disse.
O fato das instituições financeiras de caráter público atuarem em setores que iniciativa privada tem pouco interesse, como os investimentos de longo prazo e o financiamento agrícola e habitacional, foi outro fator de relevância apontado por Mantega. Para ele, os bancos públicos possuem "padrões semelhantes aos dos bancos privados, mas com objetivos diferentes".