| Foto: Antonio Cruz/Arquivo ABr

Em clima de despedida, o ministro Guido Mantega (Fazenda) disse nesta quinta-feira (4) que termina sua gestão com a convicção de entregar o país com a menor taxa de desemprego da história e a economia mais firme e sólida do que a recebeu.Um dos principais responsáveis pela chamada "contabilidade criativa" das contas públicas no governo Dilma Rousseff, o ministro fez a afirmação ao receber homenagem da Academia Brasileira de Ciências Contábeis.

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"Como estou terminando minha gestão à frente do Ministério da Fazenda, acabarei fazendo um balanço, uma avaliação rápida, do que foi esse período no governo", disse Mantega no início de seu discurso.

No início de sua fala, o ministro criticou a política econômica anterior à do governo Lula (2003-2010), ao dizer que entrou no governo "com a economia abalada" e o país "com os cofres vazios e com o pires na mão".

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Crise financeira

Depois, atribuiu os problemas recentes econômicos do país à crise financeira internacional e defendeu sua gestão, que classificou como bem sucedida.

"Enquanto muitos países trilharam o tortuoso caminho da ortodoxia, fizemos uma corajosa política anticíclica que manteve ritmo razoável de crescimento para momentos de crise", disse.

Segundo o ministro, para a classe média, praticamente não houve crise.

Sobre o futuro, afirmou acreditar que a crise financeira está chegando ao fim e que, com o mundo melhorando nos próximos anos, o Brasil tem plenas condições de engatar um novo ciclo de crescimento.

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Homenagem

O motivo da homenagem ao ministro foi a publicação de uma portaria, em 2008, sobre as diretrizes a serem observadas no setor público quanto a procedimentos e divulgação das demonstrações contábeis.

Sobre esse assunto, Mantega afirmou que essa legislação deu início a um processo, ainda em curso, de modernização da contabilidade brasileira.

Afirmou ainda ter adquirido mais conhecimento sobre o assunto durante seu trabalho na prefeitura de São Paulo no governo Luiz Erundina (1988-1991), na Secretaria de Planejamento.

Na época, Mantega afirmou ter sido seduzido para as práticas contábeis, que, segundo ele, muitas vezes são alvo de preconceito "daqueles economistas pouco esclarecidos".

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