O ministro da Fazenda Guido Mantega afirmou nesta sexta-feira(22) que o Brasil precisa de juros menores e que tanto bancos públicos quanto privados precisam diminuir o spread - diferença entre os juros pagos na captação de recursos pelas instituições financeiras e as taxas cobradas para concessão de empréstimos.
Mantega participou do seminário internacional O Brasil e a Crise Ecnômica Mundial, promovido pela revista Carta Capital, em São Paulo. O ministro disse que o país está no caminho certo, mas ainda há trabalho a fazer: "Falta crédito e os spreads estão muito altos. Precisamos reduzir fortemente os spreads de bancos públicos e privados".
Sobre a redução de juros, o ministro disse que "o Banco Central está sinalizando a queda de juros". Mantega observou que a crise financeira internacional será mais "curta" no Brasil do que em outros países.
Segundo ele, o país conseguirá abreviar os efeitos da crise em sua economia porque não sofreu tanto com ela. "Nosso mercado interno não encolheu, o nível de emprego não caiu", disse o ministro.
Para Mantega, países emergentes, como o Brasil, vão "sair do vermelho" e começar a crescer em 2010. Ele acredita que a reação brasileira levará a um crescimento de até 5% no próximo ano. "No final do ano [2009], começo de 2010, já teremos um crescimento positivo e acho que poderemos alcançar um crescimento de 4% a 5%", afirmou.
O ministro acredita que, assim que o crescimento retomar o ritmo anterior ao da crise, setores que privilegiem o mercado interno serão os mais beneficiados. Para ele, o país será o "endereço de novos investimentos estrangeiros". "A confiança no Brasil aumenta a cada dia", ressaltou.
Mantega ressaltou também a importância do papel indutor do governo de aumentar o investimento e estimular a economia com as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "O estado também está empenhado em aumentar o nível de investimentos."
-
Decisão do STF de descriminalizar maconha gera confusão sobre abordagem policial
-
Enquete: na ausência de Lula, quem deveria representar o Brasil na abertura da Olimpíada?
-
“Não são bem-vindos a Paris”: delegação de Israel é hostilizada antes da abertura da Olimpíada
-
Black Lives Matter critica democratas por “unção” de Kamala Harris sem primárias
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião