O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira (22), em reunião com empresários e com a presidente Dilma Rousseff, que o governo continuará adotando políticas de intervenção no câmbio e tomará medidas para reduzir os custos financeiros, além de manter a política de redução de juros.
O ministro ainda afirmou que um dos maiores desafios é o câmbio. Segundo o ministro, o câmbio foi citado pelos empresários como desafio importante, pois há uma política de desvalorização cambial em vários países, o que coloca os produtos brasileiros em situação de inferioridade. "Temos prejuízos da importação e exportação. E esta questão é vista por empresários como uma questão crucial", relatou.
Mantega avalia que o real não pode se valorizar, caso contrário, os produtos brasileiros ficam mais caros. "O governo tranquilizou os empresários. Vamos continuar fazendo políticas de intervenção no câmbio que não permitam que o real se valorize. Isso é um compromisso do governo".
Para o ministro, o Brasil é um dos países que mais fazem essa política sem atrapalhar os investimentos. "Temos modelado uma política que tem dado resultados. Desde o segundo semestre do ano passado, o câmbio está em situação mais favorável. Posso afirmar que vai continuar assim", considerou. Mantega participou nesta quinta-feira da reunião de empresários com a presidente Dilma Roussef.
Custo
O ministro da Fazenda disse ainda que o governo continuará adotando medidas para reduzir o custo do capital de giro das empresas e para garantir a continuidade da redução da Selic (a taxa básica de juros) pelo Banco Central (BC). "Garantimos que vamos tomar medidas para reduzir o custo do dinheiro", disse após reunião com empresários.
Mantega lembrou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também continuará atuando na oferta de crédito. E afirmou que o governo irá trabalhar para reduzir o custo do investimento no Brasil.
Segundo o ministro, o setor público representa apenas 3% dos investimentos em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). Por isso, o setor privado tem uma responsabilidade grande. "Eles estão fazendo e o governo vai criar mais facilidades para reduzir o custo. Vamos reduzir tributo sobre investimento e sobre a mão de obra. Estamos reduzindo as dificuldades", disse.