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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que já assinou a liberação de R$ 24 bilhões em novo empréstimo do Tesouro Nacional para o BNDES. A transferência de recursos era esperada e será concretizada nesta semana, com a publicação no "Diário Oficial da União".

Além desse empréstimo, o Tesouro fez uma capitalização de R$ 15 bilhões neste ano no banco. Os repasses foram menores que os dos anos anteriores devido a preocupação com o impacto dessas operações no caixa do governo.

Mantega disse que é cedo para saber se haverá novos repasses para o banco no ano que vem. Ele reafirmou, no entanto, a intenção de reduzir as operações do BNDES e diminuir os custos do governo com subsídios nesses empréstimos. Segundo o ministro, o banco deve liberar R$ 150 bilhões no ano que vem, menos portanto que os R$ 190 bilhões previstos para 2013.

Diante de uma apelo do presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson de Andrade, por mais recursos para o BNDES, Mantega afirmou que o setor industrial será prioritário para o banco em 2014 e que será mantida o PSI, linha de crédito para compra de máquinas com juros baixos. Ele não descartou, porém, uma alta dos juros nessa linha para diminuir os custos do governo com o subsídio das taxas.Segundo ele, isso é fundamental para manter a solidez fiscal do país. A Fazenda tem sido alvo de muitas críticas por causa do aumento de gastos públicos.

Abaixo da meta

O ministro sinalizou que a economia do setor público para pagar juros da dívida não deve chegar a R$ 100 bilhões nesse ano, ficando abaixo da meta de R$ 110,9 bilhões estipulada para o ano. Já é esperado que o objetivo não seja atingido, mas pela primeira vez Mantega informou que patamar espera alcançar.

Ele reafirmou que o governo federal vai economizar R$ 73 bilhões neste ano, conforme anunciado em junho, e disse que Estados e municípios devem salvar entre R$ 23 bilhões e R$ 26 bilhões, o que totalizaria no máximo R$ 99 bilhões.

O ministro voltou a argumentar que fatores atípicos afetaram as contas públicas deste ano, como os gastos para minimizar os impactos da seca na população (que devem somar R$ 5 bilhões) e garantir a redução dos custos de energia (que devem chegar a R$ 10 bilhões). Além disso, destacou, houve perda de arrecadação de cerca de R$ 60 bilhões por causa das desonerações promovidas para estimular a atividade econômica.

A economia do setor público, chamada de superavit primário, serve para manter a dívida pública sob controle e conter a pressão dos gastos do governo na inflação.

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