O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira que a meta de superávit primário de 4,25% do PIB será mantida caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja reeleito.
Nós pretendemos fazer mais quatro anos de superávit primário... 4,25% é suficiente garantiu.
O ministro também disse acreditar que o Brasil não precisa mais reduzir a inflação e que a política monetária será menos rigorosa nos próximos anos.
Quatro por cento é um bom patamar, então nós não precisamos continuar reduzindo a inflação no Brasil. A política monetária será menos rigorosa do que foi neste período (2003 a 2006) afirmou.
A inflação pelo IPCA, indicador que baliza a meta do governo, está em 3,97% em 12 meses até julho.
Segundo Mantega, a política econômica em um eventual segundo mandato de Lula será "uma continuação, porém dentro de uma nova fase".
Você teve uma fase de ajustamento, de eliminação dos desequilíbrios e de solidificação dos fundamentos. Agora tem uma segunda fase, fase agora de crescimento mais acelerado, porque os fundamentos estão sólidos observou.
O ministro citou a redução da vulnerabilidade do Brasil a choques internacionais, o crescimento do comércio exterior e o aumento das reservas internacionais.
Ele disse ainda que, se reeleito, Lula continuará a promover reformas de forma gradual e uma das prioridades é a tributária.
Ainda há muita confusão nos tributos estaduais, que prejudicam a produção acrescentou, referindo-se à cobrança do ICMS.
O ministro mencionou também a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que pode ser aprovada ainda no atual mandato e reduzirá a burocracia e a carga tributária sobre setores que hoje estão prioritariamente na economia informal.
Aqui entra uma segunda diretriz de um segundo mandato: redução dos tributos no Brasil. Os tributos atingiram patamar muito alto nos últimos anos, não no nosso governo, porque nós já começamos a reduzir tributos disse.
Existe uma redução tributária importante planejada, porque nós também não queremos perder receita, temos que olhar para desoneração e manter o equilíbrio fiscal assinalou.
Alguns analistas têm mostrado preocupação com o aumento dos gastos correntes do governo e com a elevação da arrecadação na composição do superávit primário.
Mantega descartou um choque de gestão em um segundo governo petista, como promete o candidato da oposição Geraldo Alckmin (PSDB).
Defendemos o controle do gasto público, só que de forma razoável... Quando você não tem que fazer o corte, fica mais fácil você falar que vai cortar 2%, 3%, 5%, 10% afirmou.
Eu vi o candidato de oposição dizendo que ele vai cortar 10% da carga fiscal no Brasil, ou seja, a carga é 37% e ele vai voltar a 27%. Aliás, foi o partido dele que subiu para 37% disparou.
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