A reunião do ministro da Fazenda, Guido Mantega, com representantes do setor automotivo, que acontece na tarde desta quinta-feira (28) em São Paulo, foi pedida pelo próprio ministro, de acordo com fontes da indústria ouvidas pela Agência Estado. Segundo elas, o setor automotivo avalia que a principal preocupação do governo, ao avaliar a manutenção da alíquota congelada do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os veículos, é mais com a inflação do que relacionada a uma possível queda na demanda por automóveis. Além do possível congelamento na alíquota do IPI, a qual deve ser reajustada na próxima segunda-feira (1º), outros assuntos do setor, como a renovação do acordo automotivo com a Argentina e a regulamentação do Inovar-Auto, estariam na pauta do encontro.
Entre maio e dezembro de 2012, o governo reduziu as alíquotas do IPI dos veículos flex, até 1.000 cilindradas, de 7% para zero. A partir de 1º de janeiro, a alíquota dessa categoria subiu para 2% e deverá subir para 3,5% a partir de segunda-feira (1º), voltando aos 7% originais em 1º de julho. A recomposição escalonada da alíquota foi anunciada em 19 de dezembro pelo ministro Mantega.
Já para os veículos flex, de 1.000 a 2.000 cilindradas, a alíquota do IPI, de 11%, caiu para 5,5% até 31 de dezembro, subiu para 7% em 1º de janeiro e deverá ir para 9% na segunda-feira.
Para os veículos a gasolina, o IPI original saiu de 13% para 6 5% entre maio e dezembro do ano passado, foi para 8% em 1º de janeiro e a previsão é de que chegará a 10% a partir de segunda-feira. Já para os veículos utilitários, a alíquota de 8% ficou em 1% até dezembro, subiu para 2% em janeiro e deverá ir para 3% agora.