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Medidas econômicas

Mantega: governo prevê expansão do PIB de 4% a 4,5%

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta segunda-feira que o governo continua trabalhando com a previsão de crescimento da economia em 2011 entre 4% e 4,5%. "Claro que não temos como acertar milimetricamente", ressaltou. "Tínhamos planejado uma desaceleração da economia este ano, e isso ocorreu", afirmou. Ele lembrou que o primeiro trimestre foi mais aquecido que o segundo trimestre e previu que o terceiro trimestre mostrará nova desaceleração, mas ainda será positivo.

Mantega acredita que o quarto trimestre voltará a ficar mais aquecido. "A economia está dentro da rota que traçamos", afirmou. "Mas não é justo pegar o resultado do segundo trimestre e início do terceiro trimestre e projetar para o ano todo. Continuamos trabalhando com a taxa entre 4% e 4,5% para o ano", afirmou.

O ministro da Fazenda disse que não vê necessidade de estímulo monetário no momento. "Mas se o cenário mudar, temos instrumentos para poder reagir." Ele disse que o governo está "atento e vigilante" para adotar as medidas que sejam necessárias para enfrentar a situação de anormalidade do mundo.

Mantega lembrou que o aumento do superávit primário garantirá mais recursos primários no final deste ano e início de 2012. "Agora prefiro que os estímulos sejam monetários, caso necessário", destacou.

O ministro destacou que as despesas previstas no Orçamento de 2011 estão garantidas, inclusive para folha de pagamento do funcionalismo. "Não foi decidido nenhum novo corte", afirmou. "Estamos falando em não aumentar gastos e não cortar", completou. Mantega disse que a proposta orçamentária de 2012 estará afinada com esta nova situação, embora tenha dito que as despesas serão maiores no próximo ano.Mercado financeiro

O ministro da Fazenda acredita que o mercado financeiro vai reagir bem ao anúncio das medidas fiscais feito hoje na sede do ministério. "Acho que o mercado vai considerar que estamos aumentando o esforço fiscal. Estamos seguindo a trilha desde o começo do ano, quando anunciamos o corte de R$ 50 bilhões e está sendo cumprido, não flexibilizamos. A medida vai na direção correta", disse.

Mantega esclareceu que o arrocho anunciado hoje não têm nenhuma relação com a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) que começa amanhã e termina na quarta-feira. "Não é porque é véspera de Copom. Estamos nos precavendo da situação internacional", disse. "Não tem nada a ver que o Copom será amanhã ou depois de amanhã. Isso é uma dinâmica diferente do BC. Queremos criar proteção para que o Brasil continue na trajetória de crescimento."

O ministro da Fazenda disse várias vezes que esse esforço do país afasta o Brasil do caminho seguido pelos países centrais, principais vítimas da crise financeira internacional. "Não teremos o mesmo destino dos países avançados. Tomamos medidas necessárias para neutralizar o efeito externo. Queremos criar proteção para que o Brasil continue na trajetória de crescimento", disse.

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