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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu ontem que o crescimento da economia poderá ficar abaixo da última previsão dos técnicos do ministério, que é de 3,2%. "Para 2006, o PIB deve fechar em 3%, um pouco mais, um pouco menos", disse ele, um dia após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar que a economia cresceu apenas 0,5% no terceiro trimestre do ano.

Para ele, as medidas nas áreas fiscal e tributária em estudo pela equipe econômica – e que devem ser anunciadas até o dia 15 – irão ajudar o país a ter um crescimento de 5% já no próximo ano. "O último trimestre será muito bom. É só mantermos o ritmo para o próximo ano que nós conseguiremos um crescimento robusto."

O ministro já detalhou anteriormente algumas das medidas que devem fazer parte do pacote. Uma das principais é um fundo com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para subsidiar até dois terços das prestações da casa própria para famílias de baixa renda (até cinco salários mínimos).

O governo irá adotar também uma medida para baratear o investimento das empresas, que está imobilizado, como as fábricas. Será reduzido o prazo de aproveitamento dos créditos de PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) na construção ou reforma de instalações produtivas. Atualmente, o prazo para o aproveitamento desse crédito de 20 a 25 anos e será reduzido de 18 a 24 meses.

Será reduzida de 24 meses para 18 meses o prazo de compensação da PIS/Cofins incidente sobre bens de capital. O objetivo dessa medida e da anterior é aumentar o capital de giro das empresas.

Já o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, disse ontem que a palavra de ordem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para garantir maior crescimento econômico no próximo ano é "arrojo".

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