• Carregando...

O ministro Guido Mantega fez nesta sexta-feira uma projeção otimista do desempenho da economia brasileira, manifestando a expectativa de um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), este ano, superior ao obtido no ano passado (2,3%), ao falar a um grupo de estudantes em aula inaugural da Escola de Economia de São Paulo (Eesp) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Ele foi homenageado pelos estudantes por ter completado oito anos ininterruptos no cargo, tornando-se o titular da pasta que ficou mais tempo na função.

"Não é uma recuperação tão forte. Ainda existem problemas de transição, mas existe uma luz no fim do túnel", disse ele.

Mantega também afastou riscos de um abalo na economia, citando que o país conseguiu driblar os efeitos da crise internacional de 2008 por ter tido a chance de recorrer às boas reservas internacionais do período em US$ 200 bilhões, volume que subiu para US$ 377 bilhões, e de manter para este ano a previsão de superávit primário na faixa de 1,9% do PIB.

O ministro também sinalizou que a inflação, embora afetada por questões momentâneas como o aumento de preços dos alimentos, deverá atingir a meta esperada pelo governo. Ele também rebateu críticas de análises pessimistas, dizendo que nos últimos lançamentos de títulos no mercado futuro, o país tem obtido boa aceitação, o que demonstra confiança dos investidores estrangeiros.

Mantega associa ingresso de capitais no Pais a solidez

Mantega afirmou que o vigoroso ingresso de capitais no Brasil será mantido em abril.

"Acredito que vai continuar. Nos ainda temos grande volume de capitais no mundo, cerca de US$ 10 trilhões, que têm que render, dar lucro, senão o investidor fica zangado", comentou. "Se (o investidor) vai aplicar hoje nos EUA não ganha nada, vai aplicar aonde?". O ministro destacou que esse ingresso de capitais no Brasil faz parte de um processo de transição relativo ao início da normalização da política monetária americana.

"O cambio continuará flutuando. Temos um cenário internacional mais calmo. Ele tinha ficado nervoso há alguns meses por causa do início do tapering pelos EUA (redução do programa de compra de bônus pelo banco central americano), afirmou.

"Mas hoje me parece assimilado. Há mais segurança no mercado internacional. Diminuiu a aversão a risco com investidores voltando com mais segurança. O que os capitais querem é segurança e rentabilidade" ponderou.

Guido Mantega assegurou que os capitais estão retornando com forma robusta ao Brasil porque há confiança dos investidores com os fundamentos econômicos do País. "Não haveria ingresso de capitais se o país não apresentasse solidez. O investidor sabe que no Brasil não tem risco de perder. Não perdemos um tostão de reservas durante a crise, pelo contrário, elas subiram", disse.

"Então, o analista perspicaz avalia nossas condições e ele entra porque os juros também são convenientes, é verdade. No Japão, aplica e não ganha nada. Mas entra também investimento estrangeiro direto, é o que nos interessa", disse.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]