O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, discutirão, na próxima quinta-feira (6), com representantes de dez segmentos do setor produtivo e do comércio, estratégias para driblar a crise financeira internacional. Os dois são convidados da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), órgão consultivo da Presidência da República.

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A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, também participará da reunião, que sempre conta com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Nas últimas semanas, o governo adotou medidas para garantir o crédito aos bancos pequenos e médios e também para os setores agrícola e imobiliário. Na quarta-feira passada (29), ao anunciar medidas para o setor imobiliário, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nélson Barbosa, admitiu que novos segmentos poderiam ser beneficiados, caso necessário.

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O empresariado aproveitará a presença de Mantega e Meirelles na reunião do chamado Conselhão justamente para apresentar as dificuldades setoriais. Eles vão dizer ao presidente como cada setor está se comportando, quais os efeitos, quais as providências, quais as necessidades, antecipou o ministro das Relações Institucionais, José Múcio, que preside o CDES.

Para Múcio, a fase aguda da crise já passou. É uma avaliação de toda a sociedade e do mundo, inclusive. As providências tomadas nos Estados Unidos e na Europa já começam a surtir efeito, afirmou nesta segunda-feira (3) o ministro, frisando que há três semanas havia bancos, seguradoras e empresas de investimentos quebrando. Agora não, o mercado está começando a se acalmar, completou. Segundo Múcio, o momento é de avaliação dos efeitos da crise.

O tema foi tratado em reunião de coordenação política, na manhã desta segunda. O ministro relatou que foi feita uma avaliação das ações do governo e a conclusão é de que o caminho correto é mesmo a adoção de medidas isoladas medida que se acenda a luz amarela.

Ele garantiu, no entanto, que não há nada programado. Não há nenhuma medida nova prevista, afirmou, assegurando que o governo está absolutamente atento situação. É um momento de cautela, de observação, porque o problema não depende só de nós, é um problema verdadeiramente do mundo.

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