O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou ontem que o governo vá aumentar a mistura de etanol anidro na gasolina, dos atuais 25% para 27,5%, para ajudar no combate à inflação. O ministro também previu uma redução dos preços de combustíveis nos próximos dois meses, quando entrará no mercado a produção de etanol.
"Neste momento não estamos cogitando. Hoje a mistura é de 25% e nós agora estamos num período em que o etanol aumenta sua produção. Estamos começando a safra (de cana-de-açúcar) e quando entrar essa safra vai reduzir o preço do etanol e também dos combustíveis" afirmou o ministro.
Fontes do setor sucroalcooleiro também acreditam que o aumento da mistura de etanol anidro na gasolina não deve sair mais este ano. A avaliação é de que, além da resistência do governo em adotar a ideia ou de sinalizar para essa possibilidade, as usinas terão pouco tempo para se planejar, considerando que a safra começou neste mês. Segundo elas, uma decisão tomada agora deveria valer a partir de 2015, dando tempo para que a nova demanda fosse considerada no momento do plantio e na estratégia de produção ao longo de todo o ciclo de processamento.
Para as fontes ouvidas pela reportagem, se o governo tomasse uma decisão, o ideal seria que isso acontecesse até julho, já que no segundo semestre a moagem de cana, e consequentemente a produção de etanol, começa a perder força. No ano passado, em maio, houve um ajuste, de 20% para 25%, no porcentual de mistura na gasolina. Mas a decisão havia sido tomada em dezembro de 2012.
A proposta de elevar a mistura de anidro na gasolina foi levada ao governo pelo setor sucroalcooleiro em janeiro. O governo passou a considerar a alteração, pois representaria menos importação de gasolina e um alívio ao caixa da Petrobrás.
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