O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta sexta-feira que não haverá mudança na política monetária com a saída de Afonso Bevilaqua do cargo de diretor de política econômica do Banco Central. Com perfil conservador, Bevilaqua vinha sendo apontado como um dos principais responsáveis pela manutenção das altas taxas de juros no país.
- A política monetária não é feita por um diretor. Ela é determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e cumprida pelo Banco Central. Nós temos um regime de metas de inflação. O CMN estabelece qual é a meta que o Banco Central tem que perseguir e o BC tem que fazer isso. Não muda absolutamente nada - disse Mantega.
Apesar de ter sido um grande crítico do conservadorismo do Banco Central em relação aos juros, especialmente quando comandava o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Mantega demonstrou irritação ao ser perguntado se estaria comemorando a saída de Bevilaqua:
- Eu estou com cara de comemoração?
Sobre o motivo que teria levado à saída do diretor, o ministro explicou:
- É uma troca de rotina, os diretores ficam algum tempo. Aliás, o Bevilaqua ficou até mais tempo do que os demais diretores.
O ministro negou ainda que o atual presidente do BNDES, Demian Fiocca, possa assumir algum cargo dentro do BC. Mantega e Fiocca estiveram ontem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e depois foram jantar. Os dois são amigos e Fiocca é conselheiro do ministro.
- Não há nenhum projeto de trazê-lo (Fiocca) para Brasília.
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