O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse neste sábado, em Washington, que o governo brasileiro está comprometido em atingir neste ano um superávit primário de "pelo menos" 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB). A afirmação foi feita no Comitê Financeiro e Monetário do Fundo Monetário Internacional (FMI), que abriu oficialmente o encontro de primavera.
Até então, Mantega vinha sinalizando que o governo se limitaria aos 4,25% do PIB estabelecidos como meta. Ontem mesmo, após reunir-se com a diretoria do FMI em Washignton, o ministro disse que defender um superávit maior é coisa de "ortodoxo" e de quem não gosta de programas sociais.
Em entrevista a jornalistas, ele tentou amenizar a contradição. Disse que não costuma ir dormir de um jeito e acordar de outro e justificou o novo discurso afirmando que, se houver no final do ano uma arrecadação superior à prevista, não haveria tempo hábil para utilizar o dinheiro em investimentos e o resultado seria então um superávit primário um pouco maior do que os 4,25% previstos.
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