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Política monetária

Mantega: usando instrumentos que temos economia vai crescer

Silhueta do ministro Mantega, na coletiva que falou das mudanças: respeito aos contratos | Ueslei Marcelino /Reuters
Silhueta do ministro Mantega, na coletiva que falou das mudanças: respeito aos contratos (Foto: Ueslei Marcelino /Reuters)

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi evasivo ao ser questionado se o governo poderia reduzir o compulsório dos bancos ou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) como forma de estimular a economia.

"O Brasil tem muita política (monetária) para fazer. Usando instrumentos que temos, podemos assegurar que a economia brasileira vai crescer este ano mais do que no ano passado", disse Mantega a jornalistas, acrescentando que não mencionaria "medidas específicas".

Na manhã desta quinta-feira (10), o secretário-executivo da Fazenda, Nelson Barbosa, foi mais categórico quando sofreu o mesmo questionamento, dizendo que "são iniciativas que neste momento não estão sendo consideradas".

Para Mantega, a alta do dólar frente ao real e a inflação não são motivo de preocupação.

De acordo com o ministro, o câmbio vai beneficiar a indústria brasileira à medida que dificulta a entrada de produtos estrangeiros, e o que mais preocupa é o cenário externo.

O dólar aproximou-se do patamar de R$ 2 nos últimos dias, diante das preocupações com o cenário externo após as eleições na Grécia e na França. Falando sobre a situação internacional, Mantega afirmou que apenas medidas de austeridade não são suficientes.

Na quarta-feira, a divisa norte-americana chegou a romper a barreira de R$ 1,95 e fechou a R$ 1,9625. Entretanto, diante de dados favoráveis nos Estados Unidos nesta quinta-feira, o dólar recuava 0,48%, às 14h08, cotado a R$ 1,9530.

Nos últimos dias, a divulgação de dados piores sobre inflação no Brasil passou a chamar a atenção do mercado, criando temores em torno da política do Banco Central de reduzir a taxa básica de juros.

Na manhã desta quinta-feira, a Fundação Getúlio Vargas informou que o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) acelerou para uma alta de 0,89% na primeira prévia de maio, ante elevação de 0,50% no mesmo período de abril.

O dado soma-se a outros números recentes que mostram aceleração da inflação. Na quarta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,64% em abril, após alta de 0,21% em março.

Mantega afirmou ainda que não há previsão de ajustes nos preços dos combustíveis. "Nao está previsto nenhum reajuste", disse.

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