A decisão de compra da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil já foi tomada, mas o preço e a forma de pagamento não estão fechados, informou ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega, após reunião, no Palácio do Planalto, entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador de São Paulo, José Serra.
"Falta definir valor geral, em que condições o negócio será feito e quais os ativos que permanecem. Faltam detalhes meramente técnicos", disse Mantega. Apesar da forte especulação no mercado financeiro provocada pelo encontro, Lula e Serra não anunciaram o fechamento do acordo.
Preocupado com as implicações legais na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de um vazamento de informações antes da comunicação de fato relevante ao mercado, o governador afirmou que a negociação não está sendo levada no "plano político" e caberá ao BB e ao banco paulista o anúncio da venda.
"Esse é um assunto delicado porque envolve mercado de ações e CVM. Não cabe em instância política, tomar essa decisão", ponderou Serra.
Segundo Mantega, o governo não está esperando a aprovação da Medida Provisória 443 para bater o martelo. A MP autoriza o BB e a Caixa a comprar instituições financeiras públicas sem licitação, o que facilita o fechamento da operação.
Serra e Mantega fizeram questão de dar entrevistas juntos, após encontro com o presidente Lula para defender uma proposta de prorrogação do pagamento do Simples. Antes do encontro com o presidente, Serra e o secretário de Fazenda do Estado, Mauro Ricardo, tiveram reunião reservada com Mantega no Ministério da Fazenda.
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