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Para Gabriel Leal de Barros, economista-chefe da Ryo Asset, o Conselho Monetário Nacional (CMN) não deveria substituir o atual regime de metas de inflação por ano-calendário por um modelo com horizonte de aferição maior ou de perseguição contínua. Analistas do mercado consideram grandes as chances de a mudança ser aprovada na próxima reunião do órgão, marcada para o dia 29.
“Ao não fazer mudanças, o próprio governo se beneficiaria”, diz Leal de Barros, que já foi diretor da Instituição Fiscal Independente (IFI). “A expectativa de inflação está mais alta, e os juros estão mais altos na curva, porque o mercado colocou no preço o risco de ter alguma mudança. Se não houver, tende-se a reduzir a inflação implícita na curva”, explica.
“Para o governo, que quer tanto que o juro caia, essa deveria ser a estratégia ótima: não fazer mudança alguma. Mas a gente já viu várias decisões que o governo tem tomado que não são racionais”, avalia o economista. “Como é muito óbvio que não fazer nada é a melhor coisa, mas esse tema continua na mesa, o governo passa um sinal de que ainda tem um interesse oculto de fazer alguma mudança”.
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