
O setor manufatureiro dos Estados Unidos apresentou expansão pelo 15.º mês consecutivo em outubro. A sondagem da entidade privada Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) divulgada ontem teve uma leitura de 56,9 pontos em outubro, ante 54,4 em setembro. Pela metodologia do instituto, uma pesquisa com um resultado acima dos 50 pontos significa que houve aumento do nível de atividade em determinado setor.
Entre os 18 setores consultados pelo ISM, os executivos de 14 relataram melhora dos negócios. Decompondo o índice de setembro, os resultados revelam expansão de novas encomendas (51,1 em setembro para 58,9 em outubro), de contratação de mão de obra (56,5 para 57,7) e do nível de produção (de 56,5 para 62,7), esse último pelo 17.º mês seguido, conforme os empresários consultados.
O Departamento de Comércio também divulgou ontem que o nível de gastos na construção civil teve um aumento de 0,5% em setembro, para US$ 801,7 bilhões. No mês anterior o montante chegou a US$ 797,5 bilhões (dado revisado). A alta no indicador causa surpresa. Os analistas de mercado projetavam queda de 0,5% para o mês. Na comparação com setembro de 2009, o resultado ficou 10,4% abaixo, quando os gastos foram de US$ 894,8 bilhões, segundo informou o departamento. Durante os primeiros nove meses deste ano, os gastos de construção aumentaram para US$ 612,6 bilhões, 11,2% abaixo dos US$ 689,9 bilhões no mesmo período em 2009.
Renda
A renda individual dos norte-americanos caiu 0,1% (US$ 16,8 bilhões) em setembro, segundo dados do Bureau of Economic Analysis (escritório de estatísticas oficial dos EUA) divulgados ontem. Em agosto, a renda havia crescido 0,4%. A renda disponível (disposable personal income) também registrou diminuição, de 0,2% (US$ 20,3 bilhões), enquanto os gastos com consumo pessoal apresentaram variação positiva de 0,2% (US$ 17,3 bilhões).
Já os salários privados tiveram aumento de US$ 3,3 bilhões em setembro, patamar bem inferior ao contabilizado em agosto US$ 23,6 bilhões (dado revisado). A folha de pagamento da indústria produtora de bens caiu US$ 1,6 bilhão, ante incremento de US$ 6,7 bilhões no mês anterior. Esses indicadores são importantes para prever o grau de aquecimento do mercado de consumo e, consequentemente, as vendas do comércio nos próximos meses.
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