Depois da euforia com o canteiro de obras da Techint, Pontal do Paraná terá de absorver parte da mão-de-obra que está sendo demitida após a conclusão da construção da jaqueta da plataforma da Petrobrás. O superintendente da Appa, Eduardo Requião, disse ontem que a autarquia estuda a possibilidade de adiantar o projeto do Porto do Mercosul, que seria instalado na localidade da Ponta do Poço, em Pontal do Paraná, para absorver parte do pessoal.

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Segundo o gerente do projeto, Nelson Aun, a empresa chegou a ter 1,2 mil funcionários nos meses de pico da obra. Mas apenas 20% desse total eram da região. "A gente tentou elevar esse número, mas não foi possível preencher as vagas, porque precisávamos de pessoal com capacitação específica", afirmou o gerente. No ano passado, quando a obra ainda estava em andamento, a expectativa era de que a maior parte dos funcionários fosse de Pontal e municípios próximos. Mas, segundo Aun, grande parte da mão-de-obra deve ser reaproveitada pela Techint em projetos em outros estados. A planta de Pontal do Paraná ainda não tem nenhuma obra contratada. "Existe a expectativa de fazer outras plataformas para a Petrobrás", disse.

"As contratações e demissões são parte de um movimento cíclico, mas esperamos que a Techint contrate outras obras.

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Concomitamente, trabalhamos com a perspectiva do Porto do Mercosul", afirmou Requião. Segundo ele, o projeto será discutido em um encontro a ser realizado em Córdoba, Argentina, entre março e abril do ano que vem. Requião disse que a retroárea da Ponta do Poço é administrada pela Appa. A idéia inicial é fazer do local um porto-alimentador, que abasteceria navios menores dos países do Mercosul. Isso driblaria a falta de infra-estrutura rodoviária e ferroviária de Pontal do Paraná. (RF)