O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou nesta terça (8) a nomeação do economista Marcio Pochmann à presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União assinada pelo ministro Rui Costa, da Casa Civil (veja na íntegra).
Pochmann foi confirmado como novo presidente do IBGE no dia 26 de julho pelo ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social (Secom), sem o conhecimento de Simone Tebet, do Planejamento, a quem o instituto é subordinado. A ministra, no entanto, disse no dia seguinte que a troca de comando já era consenso e foi um pedido de Lula que ela aceitou.
A indicação de Pochmann foi vista com ressalvas pelo mercado por conta de suas posições controversas nos últimos anos. Em declarações polêmicas, ele criticou o sistema de pagamentos Pix, criado pelo Banco Central em outubro de 2020, e as reformas trabalhista e previdenciária, alegando que teriam causado o colapso do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Marcio Pochmann possui histórico de ligação com o PT e é próximo de Lula. Entre 2007 e 2012, durante os governos petistas, presidiu o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado ao Ministério do Planejamento, fornecendo consultoria técnica para políticas públicas.
No entanto, sua gestão foi marcada por controvérsias, com críticas de intervencionismo e politização do órgão.
O economista também já presidiu a Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT.
Economistas têm criticado a indicação de Pochmann para o IBGE, citando sua visão ideológica da economia e a falta de preparo estatístico. Edmar Bacha, ex-presidente do IBGE, expressou seu descontentamento com a nomeação, afirmando que economista não tem a devida expertise para liderar o instituto.
Elena Landau, responsável pelo programa econômico de Simone Tebet, também questionou a nomeação.
Pochmann assume a presidência do IBGE em substituição a Cimar Azeredo, que ocupava o cargo interinamente.
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