"Crise? Pelo jeito, vamos escapar." A expectativa do diretor comercial da Mascarello Carrocerias e Ônibus, Antonino Jacel Duzanowski, parece deslocada da realidade. Mas a única montadora de ônibus do Paraná, instalada em Cascavel (Oeste do estado), tem suas razões para esperar um novo salto no faturamento em 2009. A primeira delas é a vitória em uma licitação realizada pelo governo estadual, que garantiu à empresa uma encomenda equivalente a três meses de produção.
No fim de dezembro, o governador Roberto Requião assinou o contrato para a compra de 630 ônibus de 31 lugares produzidos pela Mascarello, como parte de um programa de transporte escolar que deve entregar 1,1 mil veículos a prefeituras do estado os outros 470 veículos, de 23 lugares, serão produzidos pela Iveco, de Minas Gerais.
Como a meta da empresa paranaense é fabricar pouco mais de 200 carrocerias por mês neste ano, o contrato com o governo corresponde a um trimestre inteiro de atividades. E a companhia já está de olho em uma nova concorrência, divulgada na quinta-feira pelo Ministério da Educação. A pasta comprará 6.660 ônibus escolares no próximo dia 27.
"Em 2007, fabricamos 1.150 veículos. No ano passado, foram 1.523. Para 2009, esperamos algo em torno de 2,5 mil", conta o diretor. A perspectiva já se reflete no quadro de pessoal, que subiu de 700 para 900 funcionários no decorrer de 2008. "Estamos admitindo mais 150 trabalhadores neste início de ano, e a programação é contratar outros 200 até dezembro."
As receitas da empresa que subiram de R$ 106 milhões anuais para R$ 160 milhões entre 2007 e 2008 podem crescer mais de 50% neste ano, chegando a R$ 250 milhões, segundo o executivo. "A expansão do transporte público é uma necessidade do Brasil e do mundo, não há como deixá-la para depois. Os governos também têm investido no transporte escolar e a legislação ambiental obriga as empresas a renovar suas frotas."
Exportações
Apesar de todo o otimismo, vale lembrar que nem todas as previsões se concretizaram em 2008. A Mascarello esperava exportar 20% de sua produção, mas o índice não passou de 12%, por causa do câmbio desfavorável. Desta vez, a meta para o comércio exterior é mais modesta: vender 400 carrocerias, cerca de 16% da produção, desde que o dólar não caia.
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