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Educação

Material escolar fica 7,6% mais caro

Movimento em papelarias e lojas indica que boa parte dos pais curitibanos está antecipando as compras | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Movimento em papelarias e lojas indica que boa parte dos pais curitibanos está antecipando as compras (Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo)

O ano mal começa e as pendências financeiras já dão as caras logo nos primeiros dias. Parcelas das compras de final de ano, IPTU e licenciamento do carro comprometem um mês complicado para quem tem filhos e precisa fazer as comprar do material escolar. Para não gastar mais do que podem, pais devem seguir algumas recomendações básicas que podem fazer diferença no orçamento quando as aulas começarem.A primeira dica é tentar antecipar ao máximo as compras – comportamento que, pelo relato de papelarias e lojas do ramo, está sendo adotado pelas famílias curitibanas. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os produtos de papelaria tiveram aumento de 7,6% ao longo do último ano, índice acima da inflação no período. O levantamento do instituto aponta, também, que os meses que apresentam as maiores altas são os três primeiros do ano.

De acordo com o economista e gestor da Trevisan Escola de Negócios, João Cardoso, quem conseguiu comprar os materiais ainda em dezembro, conseguiu melhores preços. "Mas início de janeiro também é um bom momento para se antecipar aos reajustes", afirma.

Outra recomendação básica é deixar os pequenos em casa na hora de fazer as compras. Para a coordenadora do Procon-PR, Claudia Silvano, o apelo visual dos materiais para as crianças é muito grande. "Levar as crianças na hora das compras é a mesma coisa que ir ao supermercado com fome: você vai comprar muito além do necessário", explica.

Atacado e à vista

Além de comparar os preços de diferentes papelarias, vale a pena pechinchar. Uma forma de conseguir preços mais baixos é reunir um grupo de pais e fazer as compras no atacado. "Os pais devem negociar descontos para pagamento fazendo comparações em vários estabelecimentos. A compra em conjunto com outros pais pode facilitar as negociações", afirma João Cardoso.

O ideal também é fazer o pagamento à vista – os descontos podem chegar a 10%.

Outra dica é reaproveitar itens do ano anterior e escalonar as compras com o passar dos meses. "Comprar os materiais de acordo com a necessidade da criança é uma maneira de entender a real necessidade de cada item da lista. Ninguém é obrigado a comprar tudo de uma vez", orienta Claudia Silvano.

Alerta

Escolas não podem cobrar taxa de material de uso coletivo

A partir deste ano, as escolas particulares estão proibidas de cobrarem a taxa de material escolar de uso coletivo. A cobrança, que era usada para comprar giz, produtos de limpeza e outros itens de uso geral das crianças e manutenção da escola, ficou proibida de ser cobrada desde outubro do ano passado. Os colégios privados também estão impedidos de exigir a compra de produtos de marcas ou lojas específicas.

Os direitos dos pais e alunos se estendem, inclusive, aos uniformes e transporte escolar. "Nada impede, por exemplo, que o uniforme não seja comprado na loja indicada. Ele pode até ser confeccionado pela própria família uma vez que atenda aos padrões exigidos pela escola", afirma a coordenadora do Procon-PR, Claudia Silvano.

Para o transporte, os pais devem exigir a apresentação da habilitação adequada do motorista e o acompanhamento de um adulto nos trajetos feitos pelo veículo. "Além disso, a van deve estar devidamente equipada com protetores nas janelas e cintos de segurança adequados para as crianças", afirma.

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