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Febre Aftosa

Mato Grosso do Sul sacrifica hoje mais 270 cabeças de gado

Mato Grosso do Sul (AE) – Mais 270 cabeças de gado nelore serão sacrificadas hoje na Fazenda Jangada, no município de Eldorado, Mato Grosso do Sul. A propriedade rural é vizinha à Fazenda Vezozzo, primeiro foco da doença na região, onde na semana passada foram abatidos 582 animais. O gado da Jangada teve contato direto com os infectados e apresentam sintomas clínicos da doença. Por isso, serão eliminados antes mesmo do diagnóstico. Caso o vírus seja confirmado, cerca de 3.600 animais da mesma fazenda poderão ter o mesmo fim.

João Crisostomo Muad Cavalléro, diretor-presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária, Vegetal e Animal, explicou que o gado foi contaminado por causa da proximidade com a Fazenda Vezozzo. "Constatamos a contaminação de oito bois na Fazenda Jangada, mas um lote inteiro será sacrificado. Recebi autorização do próprio ministro de Agricultura, Roberto Rodrigues. Estudamos exaustivamente a situação e não existe outra saída."

Os focos de suspeita de aftosa se expandem na região da fronteira sul-matogrossense com o Paraguai e com o Paraná. Além dos casos confirmados, até a tarde de ontem já eram pelo menos cinco as propriedades com animais apresentando sintomas da doença em Japorã, distante pouco mais de 20 quilômetros da fronteira com Guaíra, no Paraná.

A prefeitura de Japorã vai decretar hoje estado de calamidade pública por causa dos possíveis focos de aftosa no município. A cidade já estava em estado de emergência municipal por causa da seca que atingiu o sul do Estado no primeiro semestre.

A defesa sanitária considera crítica a situação do município por causa da presença de sem-terra e índios entre os criadores de gado. Um dos supostos focos da doença teria surgido no Assentamento Indianópolis, vinculado à Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri). O prefeito foi informado de que a doença pode ter chegado também na reserva Porto Lindo, dos índios caiová-guaranis. Os indígenas têm cerca de 250 cabeças de gado. No sábado, os sem-terra de outro acampamento consumiram a carne de três bois abatidos pela Polícia Rodoviária Federal. O líder do acampamento, Osmarino Xavier, disse que os acampados não têm bovinos e não pretendem deixar a área.

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