O Big Mac é usado como unidade de valor pela revista The Economist.| Foto: McDonald’s/Divulgação

O McDonald’s vai promover uma ação nesta semana para celebrar os 50 anos do Big Mac, seu mais famoso sanduíche. Já que a revista The Economist usa, há mais de 30 anos, o índice Big Mac para comparar o poder de compra entre as nações, a rede decidiu fazer um ação em mais de 50 países na próxima quinta-feira. Para cada pessoa que comprar uma “oferta” do Big Mac — com batata frita e refrigerante —, a rede dará uma das moedas comemorativas confeccionadas para a ocasião.

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Feitas em metal — e disponíveis em cinco versões, alusivas às décadas de existência do Big Mac —, elas poderão ser trocadas, em todo o mundo, por um sanduíche ao longo de 2018. O vice-presidente de marketing do McDonald’s, Roberto Gynpek, aposta, porém, que o brinde poderá se tornar um item de colecionador para os aficionados da marca. “É uma moeda global, mas pode ser um item também para guardar.”

Detalhe das moedinhas do Big Mac. 
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Para a ação global, foram produzidas cerca de 10 milhões de moedas — 300 mil das quais foram enviadas dos Estados Unidos ao Brasil. Como a ação começa às 11h, a recomendação da rede é que os interessados no brinde cheguem cedo. O McDonald’s tem 930 restaurantes no País - e cada um deles deverá receber entre 250 e 300 moedas, em média.

O dia 2 de agosto foi escolhido para a promoção em homenagem a Jim Delligatti, criador do Big Mac, que completaria 100 anos na data. Embora Delligatti tenha criado o produto em 1967, foi no ano seguinte que ele passou a ser vendido em todos os Estados Unidos. A receita do Big Mac é igual até hoje em todo o planeta — uma das poucas exceções é a Índia, onde, por razões religiosas, o sanduíche usa carne de cordeiro.

Índice Big Mac

Criado pela revista The Economist em 1986, o Índice Big Mac é calculado semestralmente e leva em conta o preço do famoso sanduíche do McDonald’s para analisar taxas de câmbio de 56 moedas. Ele é baseado na teoria de paridade de poder de compra (PPC), que considera que, a longo prazo, as taxas de câmbio deveriam caminhar de forma a igualar preços em dois países para uma cesta idêntica de bens e serviços — neste caso, um Big Mac.

O sanduíche foi escolhido como parâmetro porque ingredientes e custos envolvidos são similares em todo o mundo, além de o McDonald’s possuir forte presença global. Assim, distorções entre as cotações ficariam mais evidentes e compreensíveis.

O último levantamento da revista, divulgado em meados deste mês de julho, mostrou a desvalorização do real brasileiro frente ao dólar. O Big Mac custa, no Brasil, R$ 16,90, enquanto nos Estados Unidos sai por US$ 5,51, o que se traduz em uma taxa de câmbio de 3,07. A diferença entre esta taxa e a real praticada (a pesquisa considera a taxa real de 3,84), sugere que o Real está subvalorizado em 20,1%.

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O índice prevê, ainda, uma versão alternativa ajustada pelo PIB per capita, criada para levar em conta variáveis como o custo da mão de obra e barreiras comerciais. A revista diz que a relação entre preços e PIB per capita “pode ser um guia melhor para o justo valor atual de uma moeda”. Sob esse ponto de vista, o Big Mac brasileiro é tido como o mais caro do mundo, custando 41% acima do que deveria — no caso, R$ 12,48.

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