Médicos peritos da Previdência Social paralisam as atividades por dois dias, a partir desta quarta-feira. Na sexta-feira, os profissionais retornam ao trabalho e vão esperar até o dia 20 para que as reivindicações sejam atendidas.
Caso não haja um acordo, a categoria promete entrar em greve por tempo indeterminado. A principal reivindicação dos médicos é mais segurança no trabalho. E nesta quarta-feira, em Governador Valadares, no interior de Minas Gerais, a médica Maria Cristina Souza da Silva, delegada da Associação Nacional dos Médicos Peritos, foi assassinada quando saía de casa. O assassino, que estava de bicicleta, deu quatro tiros na vítima e fugiu, sem levar nada, o que levou a polícia a descartar a hipótese de tentativa de assalto. Para a Associação, o crime tem relação com a greve dos peritos do INSS, principalmente por ocorrer num dia de paralisação.
Outro pedido é que os laudos sejam encaminhados pelo correio, pois, muitas vezes, segurados insatisfeitos agridem os médicos, diz a perita Ana Maria Facci.
- A maior causa de agressão é quando você nega o pedido. O segurado não fica satisfeito e agride o médico - conta. - Em agosto deste ano, foi feito um acordo com o INSS para que os laudos fossem enviados à casa dos segurados pelo correio, mas essa reivindicação só poderá ser atendida em 15 de outubro.
A pauta inclui ainda pedidos para aumentar o número de consultórios e melhorar o atendimento para os beneficiados. Segundo Luiz Carlos Argolo, vice-presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social, a greve só ocorrerá se as negociações com o governo não evoluírem.
- Esperamos que o INSS possa avançar, senão teremos que parar - ameaça.
Em nota, a Previdência Social esclareceu que "o INSS tem atendido sistematicamente às reivindicações da categoria".
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