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Mega promoção com produtos chineses, nesta quarta (11), deve quebrar novo recorde

Telão em Pequim, na China, mostra contagem regressiva para o início da promoção do grupo Alibaba | Kim Kyung-Hoon/Reuters
Telão em Pequim, na China, mostra contagem regressiva para o início da promoção do grupo Alibaba (Foto: Kim Kyung-Hoon/Reuters)

O grupo chinês Alibaba promove nesta quarta-feira (11) , em todo o mundo, mais uma edição da sua mega promoção de compras com descontos. Conhecido na China como o Dia dos Solteiros, o evento é uma maratona de promoções online que este ano deve bater o recorde de 2014, quando gerou vendas de US$ 9,3 bilhões – mais que as duas maiores datas dos EUA somadas.

Enquanto mobiliza milhões de consumidores chineses (e de outros países) em busca de pechinchas, o sucesso do evento oferece uma sinalização importante sobre a segunda economia do mundo, ilustrando o aumento do consumo, maior aposta do governo para equilibrar o modelo atual e deter a desaceleração.

Segundo o grupo Alibaba, líder mundial do comércio eletrônico, este ano o Dia dos Solteiros oferecerá 6 milhões de produtos de mais de 40 mil varejistas, em comparação com 27 mil em 2014. O total das vendas também deve ser superior, chegando a US$ 13,7 bilhões, cálculo da empresa de análise de americana International Data Corporation.

Aqui no Brasil, a promoção é organizada pelo site AliExpress e recebe o nome de Festival de Compras Global. Ano passado foi a primeira vez em que o evento se estendeu a outros países. De acordo com o Alibaba, em 2014 a primeira compra global foi feita por um brasileiro, assim que as vendas foram abertas.

O país também se destacou em volume de vendas. Pelas contas da empresa, no ano passado o Brasil ficou em segundo lugar nas compras globais, só ficando atrás da Rússia. Os itens mais comprados pelos brasileiros foram roupas, capas de celulares e sutiãs adesivos.

Mas a expectativa em relação aos dois países não é mais a mesma. No segundo trimestre do ano, após registrar o menor crescimento no mesmo período, o grupo Alibaba atribuiu a freada à queda na demanda e à desvalorização da moeda em alguns de seus “principais mercados, como Rússia e Brasil”.

A desaceleração da economia chinesa também teve impacto, mas a empresa confia no potencial de demanda reprimido que existe no país.

Expansão

Os planos de expansão global do Alibaba esbarram na imagem da China como origem de produtos duvidosos. O grupo diz que redobrou seu monitoramento, mas segundo relatório recente de uma agência reguladora chinesa, quatro em cada dez produtos comprados online são falsos ou de má qualidade.

No mês passado, também causou preocupação mundial a taxa de crescimento de 6,9% do PIB chinês no terceiro trimestre, pior resultado desde 2009. Por outro lado, serviços e consumos passaram pela primeira vez a representar mais de metade do PIB do país (51,4%).

“A classe média na China hoje tem 300 milhões de pessoas e esse número vai subir para 500 milhões em dez ou 15 anos”, disse Jack Ma, fundador do Alibaba. “Isso criará oportunidades para todos os países. O poder de consumo chinês vai crescer rapidamente, guiando não só a economia da China, mas de todo o mundo”, afirmou.

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