A Kalunga, maior rede varejista de artigos de papelaria, informática e escritório do Brasil, vai inaugurar no início de dezembro uma megastore de 800 metros quadrados em Curitiba. Depois de um ano de negociações, a rede fechou contrato com o Estação e iniciou as obras há 15 dias, no local onde ficava a praça de alimentação secundária do shopping, em frente à antiga entrada dos cinemas. A Kalunga tem hoje 42 unidades 36 no estado de São Paulo, 5 no Rio de Janeiro e uma em Belo Horizonte (MG) e estréia em Curitiba seu projeto de expansão no Sul do país. Também há estudos para a abertura de lojas em Londrina, Maringá e Santa Catarina.
Por meio de sua assessoria, a Kalunga informou que o investimento para a abertura de uma unidade desse porte é de algo entre R$ 800 mil e R$ 1 milhão, incluindo aluguel do espaço, instalações e os 10 mil itens que serão comercializados. O faturamento bruto da rede em 2005 deve atingir R$ 650 milhões, com crescimento de 10% em relação ao ano passado.
"Ao escolher o Estação, a Kalunga levou em conta o grande fluxo diário de pessoas e os estabelecimentos comercias do entorno", explica o superintendente do shopping, Marco Aurélio Jardim Filho. Ele conta que, para abrigar a loja, o Estação teve de reorganizar a ocupação de seu espaço, inclusive realocando algumas lojas. Trata-se da continuidade de um processo de remodelação que começou há dois anos, quando o Estação decidiu assumir a postura de shopping convencional, após experiências como centro de entretenimento seu propósito inicial e shopping de descontos.
Os resultados desde a remodelação, diz o superintendente, são bastante satisfatórios. Nos últimos dez meses, o Estação inaugurou 23 lojas e a previsão é de que, além da Kalunga, outras quatro sejam abertas até o fim do ano. De janeiro a outubro, as vendas cresceram 45% em relação ao mesmo período de 2004, enquanto o valor médio das compras aumentou 40%. O tráfego de pessoas é de aproximadamente 30 mil por dia 12% a mais que em 2004. A novidade para 2006 deve ficar por conta da inauguração de uma loja-âncora de 2 mil metros quadrados, mas o shopping mantém sob sigilo o nome da rede com a qual está negociando.