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Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, afirmou que é preciso ter um limite para os gastos extras que o futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende ter acesso em 2023. Segundo ele, se isso não ocorrer, o Brasil corre o risco de voltar a ter um “clima de recessão”.
A declaração de Meirelles também foi dada em Nova York, nos Estados Unidos, durante uma palestra na terça-feira (15). O evento foi organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), entidade brasileira que reúne empresários e políticos para discutir temas relacionados à economia.
"Tem que se ter uma âncora, tem que ter um teto. O limite tem que ser claro porque, caso contrário, o país pode e corre o risco sério de voltar a um clima de recessão", afirmou o ex-ministro, segundo declaração publicada pelo jornal Folha de S. Paulo. Ele declarou apoio a Lula no segundo turno, mas não faz parte da transição.
A equipe de Lula deve apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para furar o teto de gastos e com isso ter acesso a uma verba extra para 2023. O montante deve ser de aproximadamente R$ 100 bilhões e será utilizado para custear promessas de campanha do petista, como a manutenção do Auxílio Brasil - que voltará a se chamar Bolsa Família - em R$ 600 no próximo ano.