O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou na última sexta-feira (13) que o novo governo vai anunciar medidas para reverter a trajetória de crescimento da dívida pública que precisam ser viáveis e não podem ser revertidas. Segundo ele, as medidas não serão anunciadas neste primeiro momento, porque o governo precisa analisar primeiro os números deixados pelos antecessores.
Para o ministro, o principal responsável pela crise econômica é a trajetória de crescimento da dívida pública, que classificou como insustentável. Meirelles afirmou que as medidas adotadas nesse sentido, que devem ser concretas e com grande chances de aprovação no Congresso, não farão com que a dívida passe a cair imediatamente. Mas contribuirão para elevar a confiança de empresas e consumidores em relação à reversão futura desse processo de aumento.
Meirelles afirmou mais de uma vez que o governo terá de adotar medidas “duras” e disse estar confiante na capacidade de ter o apoio do Congresso e da população para fazer o que julgar necessário para conter a queda do emprego e da renda. “O Congresso reflete a sociedade, e a sociedade está amadurecida para medidas de ajuste importantes. O que não é possível é continuar como está”, afirmou.
O ministro também cogita negociar a aplicação de tributos temporários a fim de equilibrar a dívida pública, inclusive a CPMF. “Caso seja necessário um tributo, ele será aplicado, mas de modo temporário”, disse.
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