Emmanuel Kachikwo, presidente da Opep.| Foto: MARWAN NAAMANI/AFP

O ministro do Petróleo da Nigéria, Emmanuel Ibe Kachikwu, afirmou que alguns dos integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) pressionam por uma reunião de emergência, mas os Emirados Árabes aparentemente descartaram a ideia.

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As declarações são dadas no momento em que os preços da commodity passam por novas fortes quedas, recuando abaixo de US$ 31 o barril em Nova York e Londres, em meio a sinais de fraqueza na economia da China e à perspectiva de retorno do petróleo do Irã ao mercado.

A Opep “pode realizar uma reunião de emergência no primeiro trimestre, se os preços continuarem nos níveis atuais”, afirmou o ministro nigeriano nesta terça-feira em conferência sobre energia em Abu Dabi, de acordo com o registro de suas declarações. Segundo ele, há vários blocos dentro da Opep e vários membros desejam essa reunião. Kachikwu disse que dois integrantes fizeram pedidos formais para essa reunião.

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A próxima reunião ordinária da Opep está marcada para junho. O ministro nigeriano não nomeou os países que desejam outro encontro. No mês passado, o diretor da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), Eulogio del Pino, pediu uma reunião emergencial entre os integrantes da Opep e outros produtores que não fazem parte do grupo.

Mas, na mesma conferência em Abu Dabi, o ministro do Petróleo dos Emirados Árabes, Suhail bin Mohammed al-Mazroui, afirmou que não há necessidade de haver uma “ação artificial” da Opep. Em vez disso, segundo ele, a estratégia do cartel deve ser deixar o mercado de equilibrar - essa posição é defendida pelo membro mais forte da Opep, a Arábia Saudita.

Mesmo se houver um consenso para uma reunião emergencial, os delegados da Opep já disseram que não podem esperar que isso aconteça antes de o Irã aumentar sua produção. Isso pode acontecer logo que as sanções internacionais contra Teerã sejam retiradas, nas próximas semanas.

Kachikwu, o ministro nigeriano, também disse que o Irã pode se coordenar com o rival Iraque no futuro, mas não vê esse tipo de cooperação com nações de fora da Opep.

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