As empresas de grande porte (de 500 funcionários ou mais) são apenas 0,6% das 334 mil indústrias instaladas no país, mas respondem por quase 70% do faturamento do setor industrial. Os dados são da Pesquisa Industrial Anual (PIA), com dados referentes a 2013, divulgado nesta quarta-feira (24) pelo IBGE.
Eram 2.015 indústrias de grande porte naquele ano e que faturaram, somadas, R$ 2,03 trilhões. Essas empresas empregavam 3,8 milhões de pessoas, 42% dos 9 milhões de empregos do setor.
Os números reforçam a importância de escala para o setor industrial e que a atividade não é para pequenos. “A indústria tem essa característica forte da concentração”, explica Jurandir Carlos de Oliveira, gerente da pesquisa no IBGE. “Do outro lado, tem muita gente com participação muito pequena”.
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Leia a matéria completaMicro e pequenas
As micro e pequenas empresas (com um a quatro funcionários) são, por outro lado, 43% das indústrias brasileiras, mas foram responsáveis por apenas 1,2% do total faturado pelo setor em 2013.
Essas micro e pequenas empresas tiveram uma receita total de R$ 36,3 bilhões em 2013. Naquele ano, elas empregavam 336.212 pessoas.
O estudo faz parte de uma série de publicações divulgadas anualmente pelo IBGE que busca detalhar estatísticas de setores da economia.
O trabalho envolve a compilação de dados informados via questionário por milhares de empresas em todo o território brasileiro.
Último fôlego
Considerando o total das indústrias, independentemente do porte, eram 334 mil empresas no país em 2013, um aumento de 2% na comparação ao ano anterior. Essas empresas empregavam 9 milhões de pessoas naquele ano, um aumento de 2,7% na comparação a 2012.
A receita líquida das empresas industriais somou R$ 2,7 trilhões em 2013, lideradas pelo desempenho justamente das empresas com 500 ou mais pessoas ocupadas.
O valor da transformação industrial (diferença entre receitas e custos), número aproximado de um PIB industrial, foi de R$ 1,1 trilhão em 2013, um crescimento nominal de 9,73%.
Os números são, claro, um olhar pelo retrovisor. Em 2013, a indústria ainda crescia a produção, contratação, investimentos. Um “fôlego” antes das quedas de 2014 e de 2015.
“O ano de 2013 foi bem favorável. Foi o último de crescimento e estabilidade”, disse Oliveira.
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