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Ministro da Ciência e Tecnologia do Brasil, Aloizio Mercadante na Conferência Itália-América Latina e Caribe | AFP
Ministro da Ciência e Tecnologia do Brasil, Aloizio Mercadante na Conferência Itália-América Latina e Caribe| Foto: AFP

Os Governos da Argentina e do Brasil apostaram nesta quarta-feira pela cooperação internacional para sair da crise econômica e financeira que afeta o Ocidente, para o que consideram determinante o papel que a América Latina pode desempenhar como uma voz unitária, graças a sua integração regional.

Argentina e Brasil estão nesta quarta-feira entre os dois primeiros países latino-americanos a discursar nesta 5ª Conferência Itália-América Latina e Caribe, que ocorre de quarta até quinta-feira em Roma.

"O resgate dos sistemas financeiros acelerou o endividamento público e agora enfrentamos o risco soberano da dívida dos países, principalmente nos países do euro", comentou o ministro da Ciência e Tecnologia do Brasil, Aloizio Mercadante.

"Há menos lugar para políticas monetárias e fiscais nestes países. Os países em desenvolvimento da Ásia e América Latina estão sustentando o crescimento global, mas não poderão manter essa situação durante muito tempo. É necessária uma maior coordenação e cooperação para sair desta crise", acrescentou.

Para Mercadante, o "Brasil está pronto para dar sua contribuição e evitar as graves consequências políticas e sociais" e, embora a economia brasileira esteja preparada e é estável, não é "uma ilha" que viva alheia a possíveis influências negativas do exterior.

"Não podemos adiar esta agenda de transparência e regulamentação do sistema financeiro internacional. É necessário que abordemos o pacto pelo comércio monetário. Necessitamos retomar a agenda do acordo do Mercosul e da UE", acrescentou.

Por sua vez, o chanceler argentino, Héctor Timerman, destacou a importância que a cooperação regional na América Latina, em termos de integração, teve para a maior presença da região no contexto internacional.

"Considero que os tempos atuais estão marcados por duas circunstâncias inéditas: a primeira é que a América Latina atravessa o período de integração mais intensa que se sabe e, em segundo lugar, que coincide com uma crise que afeta aos países mais desenvolvidos industrialmente", comentou Timerman.

O chanceler argentino destacou que foi precisamente esse processo de integração o que "pôs à região em um lugar do mundo ao que dificilmente poderiam ter acedido os países de forma individual".

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