O mercado financeiro está cada vez mais confiante de que o Banco Central vai começar a redução dos juros básicos da economia ainda este mês. Na primeira pesquisa Focus realizada em 2009, analistas reduziram a previsão do patamar da taxa Selic no fim de janeiro, de 13,50% para 13,25% ao ano. A primeira reunião do ano para decidir sobre os juros acontece nos dias 20 e 21 deste mês.

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Com essa redução, analistas indicam que creem que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC vai diminuir a Selic em 0,50 ponto porcentual no encontro do fim de janeiro. Na semana passada, a previsão era de corte de 0,25 ponto. Atualmente, o juro está em 13,75% ao ano.

De acordo com o cenário desenhado pelo mercado financeiro, haveria novo corte de 0,50 ponto porcentual em março. Em seguida seriam três reduções menores, de 0,25 ponto nos encontros de abril, junho e julho, mês em que a taxa Selic chegaria a 12%. Assim, o mercado aposta que o BC deve diminuir o juro em 1,75 ponto nos próximos meses.

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Depois disso, dizem os analistas, o juro permaneceria nesse patamar - de 12% - até o fim de 2009. A previsão para a taxa no fim do ano não foi alterada em relação à pesquisa anterior. Há um mês, a estimativa era 13,25% para o final do ano, o que indicava expectativa de corte de apenas 0,50 ponto no decorrer do ano.

Câmbio

A primeira pesquisa Focus realizada pelo BC em 2009 não trouxe nenhuma alteração nas previsões do mercado financeiro para o dólar. No levantamento realizado com cerca de 80 instituições financeiras na sexta-feira, dia 2, as previsões para o patamar da moeda norte-americana no fim do ano mantiveram-se em R$ 2,25.

Também não sofreu alteração a previsão de câmbio médio no decorrer do ano, que permaneceu em iguais R$ 2,25. Há um mês, o mercado previa que o dólar no fim do ano e a taxa média de câmbio de 2009 ficariam em R$ 2,20.

Inflação

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O mercado manteve a projeção de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar 2009 em 5%. O levantamento divulgado hoje mostrou que a mediana das estimativas para o índice oficial da inflação continua abaixo do registrado há quatro semanas, quando estava em 5,20%. O número previsto pelos analistas, no entanto, ainda permanece acima do centro da meta de inflação para o ano, que é de 4,50%. Para 2008, a mediana das estimativas caiu de 6,03% para 6,01%, na comparação com o nível de 6,20% observado há quatro semanas.

PIB

A estimativa de crescimento da economia em 2009 voltou a cair. A previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) cedeu de 2,44% para 2,40%. Há quatro semanas, a previsão era de 2,50%. Para 2008, a estimativa de crescimento do PIB subiu ligeiramente de 5,60% para 5,62%, ante estimativa de 5,24% de quatro semanas atrás.

No mesmo levantamento, a estimativa de expansão do setor industrial em 2009 diminuiu de 2,90% para 2,70%, ante estimativa de 3,05% de um mês atrás. Para 2008, a previsão caiu de 5,15% para 5%, ante 5,47% de quatro semanas antes.

Analistas ajustaram, ainda, a estimativa para o nível da relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto (PIB), de 37,1% para 37% em 2009. Para 2008, a previsão caiu de 37% para 36,6%. Há um mês, o mercado esperava 37,76% e 38% em cada ano, respectivamente.

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Contas externas

O mercado financeiro não alterou as previsões para o déficit nas contas externas em 2009 e 2008, conforme revela a pesquisa Focus divulgada hoje pelo BC. No levantamento semanal feito com cerca de 80 analistas do mercado, a mediana das previsões para o déficit neste ano manteve-se em US$ 25 bilhões, abaixo da expectativa de US$ 30 bilhões registrada há um mês. Para 2008, a previsão de déficit manteve-se em US$ 29 bilhões, também inferior aos US$ 30 bilhões previstos há quatro semanas antes.

Na pesquisa, a previsão de superávit comercial em 2009 caiu de US$ 15 bilhões para US$ 14,5 bilhões, ante estimativa de US$ 14 bilhões registrada quatro pesquisas antes.

Analistas também elevaram a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2009, de US$ 21,5 bilhões para US$ 23 bilhões. Para 2008, a estimativa subiu de US$ 36,45 bilhões para US$ 37 bilhões. Quatro pesquisas antes, o mercado esperava, respectivamente, ingresso de US$ 24 bilhões e US$ 35 bilhões.

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