As bolsas de valores da Ásia terminaram 2011 com a primeira queda anual em três anos, perdendo quase um quinto de seu valor por conta da crise de dívida da Europa e turbulência financeira, que abalou o apetite por risco de investidores, conduzindo-os a ativos mais seguros, como o dólar e o ouro.

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Investimentos considerados seguros provavelmente vão continuar beneficiados no início de 2012, com os agentes monitorando de perto esforços para conter a crise de dívida da Europa e a saúde da economia chinesa, que pode determinar o retorno ao risco.

"A perspectiva geral é que no começo do próximo ano vai haver muitos fatores negativos a monitorarmos vindos da crise de dívida soberana europeia. O mercado continuará muito sensível aos desdobramentos na Europa no começo do ano", afirmou Kenichi Hirano, da Tachibana Securities, em Tóquio.

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O Japão especificamente vai se beneficiar dos gastos do governo para financiar sua reconstrução após o terremoto que devastou o país em março, acrescentou.

Refletindo a fuga de ativos de maior risco, os Treasuries de dez anos renderam ao investidor um retorno de cerca de 17% em 2011, enquanto os papéis alemães tiveram rentabilidade de 13%, e o ouro, de cerca de 10%. Por outro lado, os preços do cobre despencaram quase 23%, por preocupações sobre o esfriamento da demanda global, e o índice MSCI de ações de mercados emergentes tombou em torno de 18%.

O índice MSCI de ações Ásia-Pacífico, com exceção do Japão acumula queda de mais de 18 % neste ano, enquanto o índice S&P/ASX 200 da Austrália desabou 14,5 %, marcando a primeira série de quedas em 30 anos. O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio registrou sua segunda baixa anual seguida, perdendo 17 % em 2011.

Nesta sexta-feira, o mercado subiu 0,20 % em Hong Kong, e a bolsa de Taiwan teve variação negativa de 0,04 %. O índice referencial de Xangai subiu 1,19 %. Cingapura caiu 0,68 %, e o australiano S&P/ASX 200 cedeu 0,36 %.