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Mercado de trabalho perde 111 mil empregos com carteira assinada em junho

Na indústria, a queda nos empregos foi generalizada, com perda total de 64.228 postos | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Na indústria, a queda nos empregos foi generalizada, com perda total de 64.228 postos (Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo)

O mercado formal de trabalho registrou em junho saldo negativo (admissões menos demissões) de 111.199 postos. Foi o primeiro resultado negativo no mês – tradicionalmente positivo para o emprego desde 1996, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho divulgados na tarde desta sexta-feira (17). No mesmo período do ano passado, foram gerados 25.363 empregos com carteira assinada.

Em junho de 2008, véspera da crise financeira internacional, o saldo de contratações atingiu 309.442 vagas, considerando dados sem ajuste (declarações fora do prazo) e no mesmo mês do ano seguinte, 119.495.

No primeiro semestre deste ano, o país perdeu 345.417 empregos, contra uma geração líquida positiva de 588.671 no mesmo período do ano passado, considerando dados ajustados.

Setores

Em junho, com exceção da agricultura, houve demissões em todos os setores da economia.

Na indústria, a queda nos empregos foi generalizada, com perda total de 64.228 postos. No setor de serviço, foram fechadas 39.130 vagas; no comércio, mais 25.585 e na construção civil, outras 24.131.

Estados

Entre os estados brasileiros, apenas seis elevaram o nível de emprego formal em junho: Minas Gerais (+9.746 postos), em razão de atividades relacionadas à Agropecuária; Mato Grosso (+3.602 postos), desempenho ligada à Agricultura; Maranhão (+2.001 postos) e Goiás (+1.863 postos), devido aos resultados positivos na Construção Civil; Ceará (+1.222 postos) e Acre (+95 postos).

Segundo o Caged, o Paraná apresentou saldo negativo, com a perda de 8.893 empregos formais no mês passado. Foi o quarto pior desempenho do país, à frente apenas de São Paulo (-52.286 postos), Rio Grande do Sul (-14.013 postos) e Bahia (-9.124 postos).

Salários

Conforme os dados do Caged, os salários médios de admissão também apresentaram queda real no primeiro semestre, de 1,63% em relação ao mesmo período de 2014.

O valor médio inicial para contratação foi de R$ 1.271, em 2014, para R$ 1.250, em 2015.

Há também diferenciação por gênero. Queda real de 1,87% nos salários quando tratada a admissão de homens e de 0,86% nas admissões de mulheres.

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