A projeção de instituições financeiras para a queda da economia este ano passou pelo 11º ajuste consecutivo. Agora, a estimativa para a queda do PIB (Produto Interno Bruto) foi alterada de 3,66% para 3,73%.

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Para 2017, a expectativa de crescimento foi reduzida de 0,35% para 0,30% no terceiro ajuste seguido. As estimativas fazem parte do boletim Focus, publicação divulgada semanalmente pelo Banco Central, com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

As instituições financeiras alteraram a projeção para a inflação, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), de 7,31% para 7,28%, no quarto ajuste seguido. Para 2017, a estimativa segue em 6% há oito semanas consecutivas. As projeções ultrapassam o centro da meta que é 4,5%. O teto da meta é 6,5% este ano, e de 6% em 2017.

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Em um cenário de retração da economia, as instituições financeiras esperam que o BC reduza a taxa básica de juros, a Selic. A expectativa para a taxa ao final de 2016 passou dos atuais 14,25% para 13,75% ao ano. Para 2017, a mediana das expectativas (desconsiderando os extremos nas projeções) é que a Selic encerre o período em 12,50% ao ano.

Essa projeção de redução da Selic é feita mesmo com a afirmação do BC de que não trabalha com a possibilidade de flexibilização de política monetária. Em entrevista coletiva de apresentação do Relatório de Inflação, na última quinta-feira (31), o diretor de Política Econômica do BC, Altamir Lopes, reforçou que não deve haver redução da Selic. “O mercado que se ajuste”, disse.

Inflação

Pela quarta semana consecutiva, as projeções do mercado financeiro para o IPCA deste ano recuaram no Relatório de Mercado Focus. A mediana das estimativas passou de 7,31% para 7,28% nesta semana. Há um mês, estava em 7,59%. Apesar de menor, a mediana ainda está acima das novas previsões apresentadas pelo BC na semana passada no Relatório Trimestral de Inflação (RTI). Pelo cenário de referência da instituição, o IPCA subirá 6,6% este ano e, pelo de mercado, 6,9%. Todas as previsões – do mercado e do governo – estão acima do teto da meta de 2016, de 6,50%.

Para 2017, o documento trouxe estabilidade das estimativas pela oitava semana consecutiva. A previsão seguiu em 6%, justamente no limite superior da banda estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o ano que vem. Pelos cálculos do BC, a inflação do ano que vem subirá 4,9% e 5,4%, respectivamente pelo cenário de referência e de mercado.

Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do índice no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das expectativas para 2016 ficou estável. Para 2016, seguiu em 7,18% de uma semana para outra - um mês antes, estava em 7,95%. No caso de 2017, a previsão ficou congelada em 6,20% na semana, e ficou abaixo da taxa de 6,50% apontada um mês atrás.

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A inflação suavizada 12 meses à frente também seguiu paralisada, em 6,48% de uma semana para outra - há um mês, estava em 6,70%. Para o curto prazo, houve ajustes pontuais. Para março de 2016, passou de 0,54% para 0,53% (quatro semanas antes estava em 0,55%) e, para fevereiro, a mediana das previsões saiu de 0,62% para 0,61% de uma semana para a outra - quatro edições atrás da Focus estava em 0,65%.