Unasul aprova plano de ação contra crise
Buenos Aires - Os chanceleres dos 12 países da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) ratificaram ontem decisão do Conselho de Finanças de formular um plano de ação para enfrentar a crise financeira internacional. Em reunião extraordinária realizada em Buenos Aires, ontem, os chanceleres aprovaram a constituição de três grupos de trabalho para analisar medidas concretas, que serão entregues aos chanceleres até o dia 12 de outubro.
Segundo a chanceler da Guiana, Carolyne Rodrígues Birkett, presidente pro tempore do organismo, os grupos técnicos vão avaliar todas as questões relacionadas com a crise internacional, com o objetivo de "garantir nossas economias não só no curto, mas no longo prazo". "É um plano de ação 2011 e 2012, que envolve medidas monetárias, de comércio intra-regional, de fortalecimento do Flar [Fundo Latino-americano de Reservas], e as novas instâncias para a nova arquitetura financeira regional", explicou a secretária-geral da Unasul, a colombiana María Emma Mejia.
O vice-ministro de Economia da Argentina, Roberto Feletti, disse que os chanceleres ratificaram a constituição de um fundo de coordenação das reservas, mas ainda não há um consenso sobre o assunto. "Existe um debate se o caminho é o fortalecimento do Flar ou a criação de um novo fundo", disse.
Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam em alta ontem o Dow Jones subiu 1,29% e a Nasdaq, 0,88% , impulsionados por dados que mostraram um aumento nas encomendas de bens duráveis. A perspectiva de que o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, sinalizará a adoção de algum tipo de medida de estímulo à economia na sexta-feira, durante um discurso em Jackson Hole, também ajudou as bolsas a permanecerem em território positivo.
A sessão de ontem marcou o terceiro pregão consecutivo de alta das bolsas. As ações estão subindo principalmente por causa da expectativa de que o Federal Reserve adotará um novo programa de afrouxamento monetário ou algo parecido para aquecer a economia norte-americana.
Diante disso, até mesmo indicadores fracos divulgados recentemente têm sido bem recebidos pelos investidores. Parte do mercado, no entanto, está preocupada com a possibilidade de Bernanke não corresponder às expectativas. Para Terry Morris, gerente de ações da National Penn Investors Trust, "sexta-feira será o dia do ou vai ou racha. O mercado provavelmente está esperando um pouco mais do que vai receber", acrescentou. "Teremos muito nervosismo entre hoje [ontem] e sexta-feira", disse Peter Tuz, presidente do Chase Investment Counsel. "Não estou esperando muita coisa do Fed. Estamos presos, não podemos mais estimular a economia como fizemos antes", completou.
Dados divulgados mais cedo pelo Departamento de Comércio dos EUA mostraram que as encomendas de bens duráveis cresceram 4% no país em julho na comparação com o mês anterior, puxadas por um aumento na demanda por carros e aeronaves. Analistas esperavam um aumento de 2%. Apesar disso, as encomendas de bens de capital excluindo os setores aéreo e de defesa encolheram 1,5% na mesma base de comparação. O número é utilizado pelos economistas para medir o investimento das empresas em novos equipamentos.
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