Alimentos
Cesta básica tem leve alta
O preço da cesta básica em Curitiba subiu R$ 0,14 (0,07%) em janeiro, na comparação com o mês anterior. De acordo com dados divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o novo valor médio da cesta básica na capital paranaense é de R$ 211,99, a oitava mais cara entre as dezessete capitais pesquisadas. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a cesta básica de Curitiba caiu 6,97%. Em janeiro de 2009, o valor era de R$ 227,89, R$ 15,90 a mais do que o preço registrado em janeiro de 2010.
Vilão
O grande vilão da cesta básica curitibana neste período foi a batata, que sofreu um reajuste médio de R$ 0,57 (31,84%) passando a valer R$ 2,36. Este é o valor mais alto do alimento desde o início do Plano Real, há quase 16 anos. Já o tomate, com queda de R$ 0,68 (-29,44%) passou a ter um preço médio de R$ 1,63, valor mais baixo dos últimos dois anos.
Vitor Geron
Na semana em que o Banco Central reforçou a sinalização de que irá aumentar os juros em breve, o mercado financeiro reiterou as previsões de que a inflação terminará o ano acima do centro da meta, 4,5%.Os economistas consultados pelo próprio BC na pesquisa semanal Focus já projetam um IPCA (indicador oficial de inflação) de 4,78% uma semana antes, estimavam-no em 4,62%. Também estimam que os índices que corrigem tarifas e aluguéis (IGP-M e IGP-DI) ficarão próximos de 5% em 2010.
Na semana passada, o BC afirmou que monitora "com particular atenção" o comportamento das expectativas de inflação, que começaram a subir em janeiro. É a primeira vez que isso ocorre desde a piora na crise econômica (fim de 2008).
A pesquisa também mostra que os cinco economistas com maior índice de acerto, entre os cerca de cem consultados, já esperam IPCA acima de 5%, pondo em dúvida a credibilidade do BC em alcançar seu objetivo.
Segundo a economista-chefe da Icap Brasil, Inês Filipa, a revisão dessas projeções tem como fundamento a alta da inflação verificada em janeiro, que veio acima do esperado pelo mercado. Apesar da mudança, Filipa não crê em um aumento dos juros na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do BC), em março. "Se os indicadores de inflação mostrarem um arrefecimento em fevereiro e março, o que é factível, o BC poderia aumentar os juros somente entre junho e julho. Se não vierem quedas de preços, a alta pode começar em abril", afirma.
Juros
Na pesquisa divulgada ontem, foi mantida a expectativa de que a taxa básica de juros, hoje em 8,75% ao ano, comece a subir em abril. A Selic chegaria a 11,25% em outubro na previsão anterior, ela alcançaria esse patamar apenas em dezembro , porcentual que deve ser mantido até o início de 2011. Em relação ao câmbio, a previsão é que o dólar termine fevereiro em R$ 1,82 e permaneça nesse patamar até o fim do ano.
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