São Paulo Influenciada pelo desempenho negativo do mercado acionário dos Estados Unidos, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) reduziu o movimento positivo durante a tarde de ontem, mas mesmo assim fechou em alta. O índice da Bolsa paulista encerrou o pregão com valorização de 0,79%, aos 46.452 pontos novo recorde , após atingir ganho de 1,44% ao longo do dia. No horário do fechamento dos negócios no Brasil, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, caía 0,48%, enquanto a Bolsa eletrônica Nasdaq recuava 0,04%.
A preocupação com a inflação nos EUA, o preço do petróleo no mercado internacional e o programa nuclear do Irã estão entre os fatores que prejudicaram as Bolsas dos EUA ontem. Segundo analistas, os investidores ainda sentem o efeito da divulgação da alta de 0,2% nos preços ao consumidor em janeiro nos EUA, acima do 0,1% previsto. O núcleo dos preços, que exclui alimentos e energia, teve alta de 0,3%.
O barril de petróleo ultrapassou ontem os US$ 60,50, por conta da queda nos estoques norte-americanos de gasolina e de destilados (que inclui combustível para calefação) na semana passada.
Segundo o relatório semanal do Departamento de Energia, divulgado ontem, o estoque de gasolina nos EUA apresentou uma queda de 3,1 milhões de barris, contra uma expectativa de crescimento de 100 mil barris. O dado causa preocupação entre os investidores devido à proximidade do fim do inverno, quando o consumo de gasolina começa a crescer.
O dólar fechou em alta de 0,19%, a R$ 2,082 na venda, depois de cair 0,62% e bater nos R$ 2,065. Segundo operadores, a alta foi puxada pela atuação do Banco Central no câmbio. A tendência da divisa, entretanto, ainda é de queda, segundo avaliação de analistas. Isso porque o juro no Brasil ainda está muito alto atraindo investidores estrangeiros e devido aos resultados da balança comercial.