Os economistas das instituições financeiras elevaram de novo a sua estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2010, que passou de 7,47% para 7,53%, informou nesta segunda-feira (27) o Banco Central, por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. Se confirmada, será a maior expansão desde 1985 (7,85%). Para 2011, a previsão do mercado de crescimento da economia brasileira foi mantida em 4,5%.
A expectativa do mercado financeiro para o PIB deste ano começou a subir, com mais intensidade, após o anúncio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de que o PIB do segundo trimestre deste ano avançou 1,2% na comparação com os três primeiros meses de 2010. No acumulado do primeiro semestre, o crescimento foi de 8,9%, o maior em 16 anos.
Inflação
Os analistas do mercado financeiro também voltaram a subir, na última semana, a sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, que passou de 5,01% para 5,05%, informou o BC. Para 2011, porém, a previsão do mercado recuou de 4,95% para 4,94%.
No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Para 2010 e 2011, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Deste modo, pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Ambas as previsões (2010 e 2011) estão acima da meta central de 4,5%, mas dentro do intervalo de tolerância de dois pontos percentuais estipulado pelo governo.
Juros
O principal instrumento do Banco Central, para atingir as metas de inflação, é a calibragem da taxa de juros básica da economia brasileira, atualmente em 10,75% ao ano. Na última semana, o mercado manteve a expectativa de que os juros serão mantidos no atual patamar até o fim deste ano. No ano que vem, porém, a previsão dos economistas é de que, com a inflação em alta, o BC volte a elevar os juros. A expectativa do mercado financeiro é de que os juros subam para 11,75% ao ano até dezembro do próximo ano.