São Paulo - Centro da crise que levou a economia norte-americana para o seu pior ciclo negativo em 70 anos, o setor imobiliário dos Estados Unidos deu em fevereiro o primeiro sinal de recuperação após sete meses seguidos de queda, gerando a expectativa de que os problemas nesse segmento possam estar chegando ao seu fim.
A construção de casas avançou 22,2% em fevereiro na comparação com janeiro, a maior alta em 19 anos e a primeira desde junho do ano passado, quando os EUA já estavam em crise, mas não de forma tão intensa. No entanto, apesar do crescimento, o total de casas iniciadas está muito abaixo da média histórica o resultado de fevereiro foi o terceiro pior da série iniciada em 1959. Para se ter uma ideia, foi iniciada a construção de 583 mil residências em fevereiro na taxa anualizada, 524 mil a menos que no mesmo mês de 2008.
O crescimento na construção de novas casas é um aspecto positivo para o abalado setor imobiliário, mas há economistas que afirmam que o resultado de fevereiro pode não se repetir nos próximos meses. "Com as vendas de casas novas ainda caindo e o estoque recorde de casas, não há motivo para a construção de residências crescer, afirmou, em nota, Ian Sheperdson, da High Frequency Economics. "Essa é uma alta temporária, não uma recuperação. Vários analistas vêm dizendo nos últimos meses que, enquanto o setor não chegar ao fundo do poço, a economia não conseguirá ter uma recuperação consistente.