O mercado interno de veículos leves, caminhões e ônibus teve no mês passado o desempenho mais forte desde o início de 2006 além disso, foi o melhor julho dos últimos dez anos. As concessionárias de veículos nacionais e importados venderam 165,8 mil unidades, com alta de 11,7% sobre o mês anterior quando as vendas foram prejudicadas pela Copa do Mundo e de 19,5% sobre julho de 2005. No acumulado dos primeiros sete meses de 2006, o número de veículos comercializados chega a 1,03 milhão de unidades, o que representa um crescimento de 9,4% sobre igual período do ano passado. Os dados foram divulgados ontem pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que prevê para este ano um aumento de 7,1% no mercado de veículos.
No ranking de automóveis vendidos no Brasil, a Fiat lidera, com 241,9 mil unidades entre janeiro e julho, seguida por General Motors e Volkswagen, praticamente empatadas, com 220,7 mil e 220,6 mil automóveis, respectivamente.
A produção nacional de veículos leves, ônibus e caminhões teve um ligeiro declínio de 1,1% de junho para julho, quando foram fabricadas 222,4 mil unidades. O volume supera em 5% o do mesmo período de 2005, e representa a maior produção para um mês de julho em toda a história da indústria automobilística nacional. No acumulado de 2006, a produção também é recorde: 1,52 milhão de veículos, com alta de 4,4% sobre os primeiros sete meses do ano passado. A Anfavea prevê que a indústria automobilística vai terminar o ano com aumento de 4,5% na produção em relação a 2005.
O que não vai tão bem são as exportações. Embora a Anfavea tenha dado grande destaque ao crescimento da receita com as vendas externas, o fato é que, em número de unidades exportadas, nem todos os segmentos têm o que comemorar. Em dado que também inclui as vendas de máquinas agrícolas, o faturamento do setor, em dólares, cresceu 6,8% nos primeiros sete meses de 2006, atingindo US$ 6,65 bilhões. Mas esse ganho foi obtido principalmente graças a reajustes de preço, uma vez que o número de veículos exportados caiu para a maioria das categorias.
No segmento de veículos leves, houve queda de 4,4%. As exportações de ônibus, por sua vez, recuaram 16,3%, enquanto as vendas de máquinas agrícolas ao exterior caíram 33,6%. O único segmento que registrou aumento no número de unidades exportadas foi o de ônibus, com alta de 9,1% sobre 2005. Outra prova do fraco desempenho do setor no mercado externo é a projeção da Anfavea para todo o ano, que é de um aumento de apenas 2,7% na receita em dólares no ano passado, o crescimento foi de 33,5%.
Emprego
Segundo a Anfavea, cerca de 107,1 mil pessoas estavam empregadas na indústria automotiva no mês passado, praticamente o mesmo número do mês anterior. No início do ano, o setor empregava 108,1 mil trabalhadores. Em função do plano de reestruturação da Volkswagen, o número tende a cair mais nos próximos meses.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast