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Durante coletiva, nesta quinta-feira (28), o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, reclamou das críticas do mercado ao pacote de medidas para cortes de gastos e disse que o setor “lançou notícias falsas” para ganhar com a subida do dólar.
Além dos cortes, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou, em pronunciamento à nação por cadeia de rádio e TV, nesta quarta-feira (27), a isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para quem ganha até R$ 5 mil.
Nesta quinta, como efeito, principalmente, do anúncio sobre a isenção, a cotação do dólar abriu em forte alta de 1,25% a R$ 5,99.
“O que se está fazendo hoje é acenando para responder um mercado, que, pelo texto que publicam, estavam precificando no presente um desequilíbrio futuro das contas públicas. E aqui se está garantindo que esse desequilíbrio de longo prazo não ocorrerá”, disse Costa.
“Ontem, vi o mercado insistentemente lançando notícias falsas para aproveitar ganhos desses picos, de que isso seria anunciado para 2025, e tendo pico de subidas de dólares. Colocar em 2025 seria romper a previsibilidade. Está sendo cumprido o que foi dito na campanha e na posse, não tem surpresa”, completou.
O chefe da Casa Civil ainda destacou que não houve quebra de expectativa em relação ao anúncio da reforma da renda, que era um compromisso de campanha do presidente Lula. A esse respeito, Costa afirmou que tem certeza de que a medida será aprovada pela população que deseja justiça social.
Além de Rui Costa, participaram da coletiva de imprensa os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento), Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República), Paulo Pimenta (Secom) e Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos ).
Rui Costa voltou a declarar que quem “apostar contra o Brasil vai perder”.
O ministro-chefe da Casa Civil ainda disse que não vai alimentar “essa coisa usada como apuração e que busca intriga e dissonância dentro do governo”.
Costa ressaltou que já é tempo de deixar de lado a narrativa de que, dentro do governo, há “lobos maus e chapeuzinhos vermelhos”. O ministro afirmou que o governo age de forma consensual e que o pacote de corte de gastos é de todos os ministros e Ministérios.
“Quem apostar contra o brasil vai perder, porque esse país cresce de forma consistente, está atraindo investimentos internacionais de forma consistente, o presidente Lula não vai abrir mão da responsabilidade fiscal e todos os ajustes serão feitos, se necessário for, no curto, no médio e no longo prazo para garantir o arcabouço fiscal”, afirmou Costa.
Para complementar a fala de Costa, Haddad afirmou que há, obviamente, discussões quando se trabalhem medidas que envolvem tantas áreas do governo como o corte de gastos, contudo, que a equipe está totalmente alinhada e consensuada a respeito das medidas propostas.
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