Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Veículos

Mercado pode crescer em 2009, mesmo sem IPI

“Nosso planejamento foi feito com a premissa de que o IPI mais baixo termina em 30 de junho. Se a economia mundial começar a se recuperar no segundo semestre, isso teria reflexo rápido e muito positivo no Brasil. Caso contrário, dependeríamos do IPI ainda mais.” Disse Marcos de Oliveira, presidente da Ford para o Brasil e o Mercosul | Divulgação
“Nosso planejamento foi feito com a premissa de que o IPI mais baixo termina em 30 de junho. Se a economia mundial começar a se recuperar no segundo semestre, isso teria reflexo rápido e muito positivo no Brasil. Caso contrário, dependeríamos do IPI ainda mais.” Disse Marcos de Oliveira, presidente da Ford para o Brasil e o Mercosul (Foto: Divulgação)

As ações do governo para restabelecer o fluxo de crédito e a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) estão garantindo um ano "surpreendentemente positivo" para a indústria automobilística brasileira, cujas vendas no mercado interno subiram 0,1% até abril. E já começa a se desenhar a perspectiva de que as vendas domésticas terminem o ano em alta mesmo que a desoneração tributária não seja prorrogada. A avaliação é compartilhada, em graus diferentes, por dois importantes executivos do setor – Marcos de Oliveira, presidente da Ford para o Brasil e o Mercosul, e Sérgio Reze, presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Eles participaram, na quarta-feira à noite, da inauguração de uma concessionária Slaviero, da Ford, em Curitiba.

Reze disse trabalhar com a expectativa de que 2009 vai "repetir 2008, com possível crescimento de 3% a 4%", independentemente do patamar do IPI. Também otimista, mas mais contido, Oliveira afirmou esperar que o mercado nacional feche o ano com algo entre 2,7 milhões e 2,75 milhões de carros vendidos. Ou seja, pode encolher 0,4% ou crescer 1,4% em relação a 2008 – quando foram vendidos 2,712 milhões de automóveis, segundo a Anfavea, que representa as montadoras.

Para o executivo da Ford, "a indústria claramente não teria mostrado o mesmo desempenho sem a redução do IPI". Por isso, ele defende uma nova prorrogação ou uma elevação gradual do imposto. "Nosso planejamento foi feito com a premissa de que o IPI mais baixo termina em 30 de junho. Se a economia mundial começar a se recuperar no segundo semestre, isso teria reflexo rápido e muito positivo no Brasil. Caso contrário, dependeríamos do IPI ainda mais [para manter os bons resultados]", reconheceu.

Oliveira ressaltou que, apesar das boas perspectivas para o mercado doméstico, a queda violenta das exportações – que não dá sinais de reversão – diminuiu consideravelmente o nível de produção das montadoras. "Nossos principais mercados, na América Latina, têm sofrido quedas entre 20% e 50%." Segundo a Anfavea, as exportações brasileiras caíram 50% no primeiro quadrimestre. Por isso, o mercado interno não foi capaz de, sozinho, impedir a redução de 17% na produção total das montadoras.

Situação confortável

Nesse contexto, a situação da Ford, quarta maior montadora do país, parece confortável. A operação brasileira registra lucro há 21 trimestres e, enquanto o mercado interno ficou estável, as vendas da empresa aumentaram 22% de janeiro a abril. Assim, apesar da baixa de 39% em suas exportações, a empresa conseguiu elevar a produção em 7%.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.